No verão de 1930, Thea Atwell, de quinze anos, é afastada de sua casa, na Flórida, e mandada para uma escola interna para meninas.
Situada nas montanhas Blue Ridge, na Carolina do Norte, a Escola de Equitação Yonahlossee para Moças é bem diferente da infância idílica que Thea levava com o irmão na fazenda da família — um mundo agora parcialmente arruinado. Inserida em um novo e complicado ambiente social, em que jovens são julgadas com base no dinheiro da família, na linhagem e na aparência, Thea luta contra sentimentos avassaladores de culpa e saudade de casa ao mesmo tempo que tenta se encaixar na nova realidade. Forte, apaixonada e determinada, mas também egoísta, crítica e autodestrutiva, Thea alterna a narrativa entre o que se passou em sua casa e seu dia a dia na escola, e aos poucos desvenda a verdade por trás do afastamento da família, mas não antes de questionar como esse mistério afetará seu futuro. Um vívido romance sobre sexo, amor, família, dinheiro e classe social, Escola de equitação para moças transporta o leitor para outra época e mostra que mesmo os pais mais protetores não são capazes de impedir que seus filhos tornem-se adultos.
Eu tinha quinze anos quando meus pais me mandaram para a Escola de Equitação Yonahlossee. O internato ficava em Blowing Rock, na Carolina do Norte, oculto no meio das montanhas Blue Ridge. Havia o risco de passar pela entrada e não chegar a notá-lo, a não ser que se estivesse procurando por ele, e com cuidado; meu pai perdeu a entrada quatro vezes antes que, afinal, eu indicasse que tínhamos chegado.
Ele me levou de carro, da Flórida até a Carolina do Norte: meus pais não confiavam em mim o suficiente para me deixarem viajar sozinha de trem.
No último dia do percurso, fomos até a parte mais alta das montanhas, e em determinado momento nossa travessia foi ficando consideravelmente mais lenta. A estrada parecia inacabada, estreita e coberta de vegetação; ela era sinuosa e repleta de curvas fechadas.