Habermas

Jürgen Habermas é um das figuras mais relevantes da filosofia contemporânea. Sua carreira de pensador e escritor abrange mais de cinquenta anos e desde os primeiros escritos ele se tornou uma voz importante em inúmeras discussões intelectuais e políticas sobre os mais diversos assuntos: a polêmica sobre o positivismo nas ciências sociais, o movimento estudantil dos anos de 1960, a unificação alemã e europeia, a pós-modernidade, a tecnologia genética. Sua Teoria do agir comunicativo é um dos livros mais importantes da década de 1980.

Sua ética do discurso e sua teoria do direito são objetos de discussão filosófica em todo o mundo.
Certamente não é tarefa fácil classificar exatamente um pensador como Jürgen Habermas, que, além de ser ativo em quase todos os âmbitos da filosofia, tem formulado importantes considerações sobre o estatuto e a lógica das ciências sociais, visando a criação de uma teoria crítica da sociedade.
Ao mesmo tempo, Habermas é considerado o membro mais proeminente da segunda geração da Teoria Crítica, isto é, um herdeiro direto de Adorno, Horkheimer e Marcuse; um marxista não ortodoxo que quis dar novos impulsos ao materialismo histórico com a ajuda do pragmatismo norte-americano, com a teoria do desenvolvimento de Piaget e Kohlberg e com a psicanálise de Freud; um filósofo moral e político que desenvolveu uma teoria discursiva da moral e do direito que está entre os empreendimentos filosóficos mais originais da segunda metade do século XX.
Os comentadores tendem a distinguir duas fases da sua obra: o primeiro Habermas dos anos 1960 e 70, que teria desempenhado um papel particularmente meritório na sociologia alemã, e o Habermas tardio dos anos de 1980 e 90, que aparentemente se teria retirado definitivamente para o reduto da filosofia. Contudo, tal divisão negligencia o início puramente filosófico da carreira de Habermas: sua dissertação sobre Schelling.
Ademais, ela desconsidera a situação histórica na qual começou o seu percurso intelectual. Nas universidades da RFA, dos anos de 1950 e 60, não era incomum que filosofia e sociologia fossem ensinadas na mesma cátedra, como demonstra o exemplo de Adorno e de Horkheimer. A separação das duas disciplinas resulta de uma controvérsia na qual Habermas teve uma participação decisiva: a chamada polêmica sobre o positivismo na sociologia alemã, em consequência da qual o estatuto epistemológico da sociologia experimentou uma mudança essencial. Isso, contudo, não impediu que Habermas procurasse e encontrasse inspiração tanto em filósofos como Hegel e Kant, quanto em sociólogos como Weber, Parsons ou Luhmann.

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Certamente não é tarefa fácil classificar exatamente um pensador como Jürgen Habermas, que, além de ser ativo em quase todos os âmbitos da filosofia, tem formulado importantes considerações sobre o estatuto e a lógica das ciências sociais, visando a criação de uma teoria crítica da sociedade.
Ao mesmo tempo, Habermas é considerado o membro mais proeminente da segunda geração da Teoria Crítica, isto é, um herdeiro direto de Adorno, Horkheimer e Marcuse; um marxista não ortodoxo que quis dar novos impulsos ao materialismo histórico com a ajuda do pragmatismo norte-americano, com a teoria do desenvolvimento de Piaget e Kohlberg e com a psicanálise de Freud; um filósofo moral e político que desenvolveu uma teoria discursiva da moral e do direito que está entre os empreendimentos filosóficos mais originais da segunda metade do século XX.
Os comentadores tendem a distinguir duas fases da sua obra: o primeiro Habermas dos anos 1960 e 70, que teria desempenhado um papel particularmente meritório na sociologia alemã, e o Habermas tardio dos anos de 1980 e 90, que aparentemente se teria retirado definitivamente para o reduto da filosofia. Contudo, tal divisão negligencia o início puramente filosófico da carreira de Habermas: sua dissertação sobre Schelling.
Ademais, ela desconsidera a situação histórica na qual começou o seu percurso intelectual. Nas universidades da RFA, dos anos de 1950 e 60, não era incomum que filosofia e sociologia fossem ensinadas na mesma cátedra, como demonstra o exemplo de Adorno e de Horkheimer. A separação das duas disciplinas resulta de uma controvérsia na qual Habermas teve uma participação decisiva: a chamada polêmica sobre o positivismo na sociologia alemã, em consequência da qual o estatuto epistemológico da sociologia experimentou uma mudança essencial. Isso, contudo, não impediu que Habermas procurasse e encontrasse inspiração tanto em filósofos como Hegel e Kant, quanto em sociólogos como Weber, Parsons ou Luhmann.

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