Mediação Familiar Para Idosos Em Situação De Risco

No Brasil, nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram na instituição família, que passou a apresentar mais configurações, diversas da tradicional “pai-mãe-filhos”. Entre essas mudanças, uma é bastante significativa: as famílias vêm sendo cada vez menos numerosas.

Isso ocorre devido a várias causas: pelo maior controle da natalidade; por opção financeira, na busca de custos mais reduzidos para a conquista de mais qualidade de vida; pelas condições contemporâneas de trabalho.
Essa configuração reflete nas possiblidades de convivência; em geral, as famílias atuais conseguem estar mais próximas em seu núcleo básico (pais e filhos), mas têm menor convivência na família extensa (que engloba todos os demais familiares juntos: pais, filhos, tios, primos, avós e bisavós). Essa característica das famílias contemporâneas tem muitas consequências no cuidado com os membros da família, mas reflete especialmente na atenção dada ao idoso.
Na família no modelo antigo, o idoso – mesmo em geral, sendo visto como sinônimo de inatividade, perdas e doenças – ocupava um papel social e familiar definido. Era comum ver famílias extensas reunidas cuidando do pai ou da mãe em comum.
Na atualidade, surgem novos paradigmas com relação ao envelhecimento e à velhice: hoje se busca um envelhecimento com saúde e qualidade de vida, o que envolve também o desejo por uma vida ativa na sociedade. É interessante notar que, em famílias pouco numerosas, com a maioria de seus membros inseridos no mercado de trabalho, sem tempo para fazer companhia ao idoso, essas características surgem de forma quase inevitável.
Paralelamente, porém, a esses novos paradigmas, em que os idosos buscam viver com independência e autonomia, a valorização da velhice na nossa cultura ainda é uma realidade controversa. O lugar do idoso nas famílias e sociedade não é claramente definido; os idosos ainda vivenciam muitas perdas com relação aos seus espaços, fato constatado também no mercado de trabalho. Além da perda desse lugar social, também faz parte da velhice de muitos a ocorrência de fragilidades na saúde e de doenças graves, que podem levar o idoso à dependência de cuidados especiais.
Nesse contexto, em que os membros da família precisam e querem trabalhar, e em que a velhice não é valorizada, a atenção com o idoso dependente de cuidados se torna fonte de muitos conflitos – o que resulta, não poucas vezes, em riscos para a saúde e a vida do idoso.

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No Brasil, nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram na instituição família, que passou a apresentar mais configurações, diversas da tradicional “pai-mãe-filhos”. Entre essas mudanças, uma é bastante significativa: as famílias vêm sendo cada vez menos numerosas. Isso ocorre devido a várias causas: pelo maior controle da natalidade; por opção financeira, na busca de custos mais reduzidos para a conquista de mais qualidade de vida; pelas condições contemporâneas de trabalho.
Essa configuração reflete nas possiblidades de convivência; em geral, as famílias atuais conseguem estar mais próximas em seu núcleo básico (pais e filhos), mas têm menor convivência na família extensa (que engloba todos os demais familiares juntos: pais, filhos, tios, primos, avós e bisavós). Essa característica das famílias contemporâneas tem muitas consequências no cuidado com os membros da família, mas reflete especialmente na atenção dada ao idoso.
Na família no modelo antigo, o idoso – mesmo em geral, sendo visto como sinônimo de inatividade, perdas e doenças – ocupava um papel social e familiar definido. Era comum ver famílias extensas reunidas cuidando do pai ou da mãe em comum.
Na atualidade, surgem novos paradigmas com relação ao envelhecimento e à velhice: hoje se busca um envelhecimento com saúde e qualidade de vida, o que envolve também o desejo por uma vida ativa na sociedade. É interessante notar que, em famílias pouco numerosas, com a maioria de seus membros inseridos no mercado de trabalho, sem tempo para fazer companhia ao idoso, essas características surgem de forma quase inevitável.
Paralelamente, porém, a esses novos paradigmas, em que os idosos buscam viver com independência e autonomia, a valorização da velhice na nossa cultura ainda é uma realidade controversa. O lugar do idoso nas famílias e sociedade não é claramente definido; os idosos ainda vivenciam muitas perdas com relação aos seus espaços, fato constatado também no mercado de trabalho. Além da perda desse lugar social, também faz parte da velhice de muitos a ocorrência de fragilidades na saúde e de doenças graves, que podem levar o idoso à dependência de cuidados especiais.
Nesse contexto, em que os membros da família precisam e querem trabalhar, e em que a velhice não é valorizada, a atenção com o idoso dependente de cuidados se torna fonte de muitos conflitos – o que resulta, não poucas vezes, em riscos para a saúde e a vida do idoso.

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