Na área de Ciências Humanas tem sido intenso o debate em torno das atuais políticas para a Educação Superior, questionando-se a universidade como locus de aquisição e produção do conhecimento. Assim, a presente pesquisa insere-se nesse debate a partir do contexto das relações Estado/universidade/sociedade, e das concepções de universidades que são identificadas na história, desde os modelos clássicos até os modelos de ocasião.

O estudo percorre a trajetória da universidade em geral, e da universidade brasileira em particular, destacando os embates ocorridos na década de 1960, período em que se construiu um pensamento crítico e se redefinem outras premissas que são identificadas no processo de construção de um projeto de universidade pública, gratuita, autônoma e democrática.

O livro, com as argumentações, análises e reflexões sobre a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, formulada de forma clara e objetiva pela autora, constitui-se em leitura quase que obrigatória para professores e militantes que lutam por uma sociedade e uma educação que forme sujeitos históricos para uma transformação radical, que liberte as potencialidades de construção de um espaço social pertencente a homens e mulheres de todas as origens, comprometidos tão somente com o produzir e o partilhar da arte e da cultura, da ciência e da técnica e de todos os saberes erigidos nos limites de sua finitude.

Por fim, o livro em foco poderá subsidiar uma reflexão voltada para materialização de um conceito de universidade pública e gratuita, autônoma, democrática e de qualidade socialmente referenciada.