Integração Ensino-Serviço

A integração ensino-serviço tem como objetivo socializar as vivências percorridas por estudantes, professores, trabalhadores da saúde e comunidade usuária.

A integração ensino-serviço é o tema central deste número dos Cadernos da Saúde Coletiva, cujo objetivo é socializar as vivências percorridas por estudantes, professores, trabalhadores da saúde e comunidade usuária do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal e do Distrito Centro.

Esses dois territórios assistenciais do sistema municipal de saúde de Porto Alegre são locais com concentração de ações em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e constituem-se, de certa forma, territórios de saúde-escola para iniciativas de ensino e extensão, além de atividades de pesquisa.

Interessa-nos destacar aqui duas questões de grande relevância para o contexto atual das políticas de educação e de saúde: a aproximação entre o ensino e o sistema locorregional de saúde e o relato de experiências como dispositivo de compartilhamento de conhecimento.

Em relação à primeira questão, a aproximação com a realidade dos sistemas locorregionais de saúde é estratégia predominante das políticas de educação e de saúde contemporâneas para produzir mudanças na formação das profissões.

A constituição de uma experiência voltada à organização do núcleo de saberes e práticas necessário ao trabalho no cotidiano, mais do que um campo com escala para o desenvolvimento de habilidades instrumentais ou o domínio de técnicas, é o que pretende essa estratégia.

Desde a década de 1970, principalmente nos projetos de Integração Docente-Assistencial (IDA), mas antes mesmo, na construção do campo de conhecimentos “científicos” das profissões da saúde, a formação colada nos serviços dá uma singularidade do aprender a fazer das profissões da saúde.

No início centrada no hospital e progressivamente – e na medida da complexificação da rede de serviços – voltada para os territórios, o paradigma atualmente vigente informa a necessidade de aprendizagem significativa, de aprendizagem permanente, permeada não só pelo conhecimento sistematizado mas pelas características do cotidiano, e filtrada pelas relações que se estabelecem com o cotidiano.

A educação permanente em saúde, permanente porque intimamente colada nos processos de trabalho do cotidiano e significada pelos problemas que precisam ser resolvidos nessa dimensão, procura espaço na formação das profissões e no cotidiano dos trabalhadores nos serviços.

Ela se constitui em política de educação do SUS e característica transversal nas Diretrizes Curriculares Nacionais para as profissões da área da saúde.

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Interessa-nos destacar aqui duas questões de grande relevância para o contexto atual das políticas de educação e de saúde: a aproximação entre o ensino e o sistema locorregional de saúde e o relato de experiências como dispositivo de compartilhamento de conhecimento.

Em relação à primeira questão, a aproximação com a realidade dos sistemas locorregionais de saúde é estratégia predominante das políticas de educação e de saúde contemporâneas para produzir mudanças na formação das profissões.

A constituição de uma experiência voltada à organização do núcleo de saberes e práticas necessário ao trabalho no cotidiano, mais do que um campo com escala para o desenvolvimento de habilidades instrumentais ou o domínio de técnicas, é o que pretende essa estratégia.

Desde a década de 1970, principalmente nos projetos de Integração Docente-Assistencial (IDA), mas antes mesmo, na construção do campo de conhecimentos “científicos” das profissões da saúde, a formação colada nos serviços dá uma singularidade do aprender a fazer das profissões da saúde.

No início centrada no hospital e progressivamente – e na medida da complexificação da rede de serviços – voltada para os territórios, o paradigma atualmente vigente informa a necessidade de aprendizagem significativa, de aprendizagem permanente, permeada não só pelo conhecimento sistematizado mas pelas características do cotidiano, e filtrada pelas relações que se estabelecem com o cotidiano.

A educação permanente em saúde, permanente porque intimamente colada nos processos de trabalho do cotidiano e significada pelos problemas que precisam ser resolvidos nessa dimensão, procura espaço na formação das profissões e no cotidiano dos trabalhadores nos serviços.

Ela se constitui em política de educação do SUS e característica transversal nas Diretrizes Curriculares Nacionais para as profissões da área da saúde.

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