Da Conquista Do Poder

Adriano Botelho - Da Conquista Do Poder

Algumas palavras necessárias.
...E necessárias porque, publicada esta pequena mas interessante obra em 1931, é conveniente demonstrar que ainda hoje conserva, viçosamente, toda a oportunidade.

O fato de não ser obra volumosa mais ainda facilita a sua expansão. imprescindível nestes tempos em que a propaganda "democrática" tenta reabilitar a falsa ideia de que o governo, a presidência, o Estado, numa palavra, o Poder, são representantes legítimos da Nação ou do Povo, considerado este como incapaz de se administrar e necessitando por isso desses órgãos - que o governam, sim, mas não conseguem nunca administrá-lo, por incapacidade inata.

Uma demonstração clara e eficiente da inutilidade do Estado patenteia-se nesta obra. E é também de alto interesse notar que, quando da sua primeira publicação, pela Editorial do Sindicato do Pessoal de Câmaras da Marinha Mercante, o Estado se achava então nas mãos de uma facção fascista, que agia em plena concordância internacional com Hitler e Mussolini, os quais, não sendo únicos, foram no entanto os protótipos da ideia personificada do Estado, que Proudhon e os percursores do Comunismo libertário esclareceram e combateram.

A sua oportunidade, hoje, é portanto manifesta.

Adriano Botelho, ao elaborar, nos tempos ominosos de Salazar, este folheto, pôde condensar em tão poucas páginas e com pensamento luminoso, a ideia que constitui a base dos princípios que caracterizam o ideal libertário.

A esta brilhante exposição deve juntar-se a feliz coincidência da necessidade da sua expansão, numa época em que o corpo do Estado, em plena decomposição, está a ser assaltado por uma multidão de necrófilos constituída por aqueles que, hoje mais assanhados do que nunca e ostentando rótulos que não correspondem às suas ambições, pretendem conquistá-lo, desde os postos de alto nível às autarquias mais inferiores, procurando assim reviver o estafado lema de que o Poder é necessário como guia orientador dos povos.

Enquanto o misticismo do Poder persistir, persiste igualmente a necessidade de o desmistificar.

Como dissemos no pequeno prefácio que fizemos em "Como não ser anarquista!", as grandes obras não se aquilatam pelo número de páginas. Os trabalhadores não têm tempo para devorar obras de muitas páginas e caríssimas. O tempo urge. É necessário elucidar, bem e depressa.

 

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