Em Um velho que lia romances de amor, o autor chileno Luís Sepúlveda baseia-se em sua experiência na Amazônia para contar a história de António Bolívar, um homem que vai viver com a mulher na maior floresta tropical do mundo e aprende que a vida na selva não é para qualquer um.

Ao sentir necessidade de se transportar para um universo idílico, longe da cruel realidade da vida, António passa a se interessar por romances de amor.
Um homem e sua esposa são forçados a deixar as montanhas onde tinham sido criados e ir viver para a selva. A floresta pode ser um lugar terrível para viver para quem não saber viver lá, mas pode ser o paraíso para quem souber aprender a aproveitar o que ela tem para oferecer. Um velho que lia romances de amor aprendeu a fazê-lo com os índios Shuar que durante algum tempo deixaram que ele vivesse como um dos seus. Quando o protagonista se torna um homem velho, tudo o que ele quer fazer é ler histórias de amor. Estas são-lhe trazidas pelo dentista itinerante, que visita a aldeia, duas vezes por ano. A sua vida boa e fácil muda completamente quando um garimpeiro é encontrado morto na margem do rio e ele garante às autoridades que o homem não foi morto pelos Shuar, mas por uma onça. O receio de que este animal possa voltar a atacar obriga a um grupo de homens, incluindo ele, a ir à caça da onça. Depois de algumas desventuras e algumas mortes, ele descobre que o animal quer se vingar pela morte do seu companheiro (causada pelo garimpeiro). O velho então é forçado a entrar num jogo de gato e rato e sai vitorioso, ele mata o animal com uma arma de fogo, ele se enoja pelas suas próprias ações, pelas do escavador de ouro (que começou toda aquela desgraça ferindo a onça) e pelos homens brancos, em geral, e decide voltar para suas histórias de amor que usam palavras tão doces, que às vezes são quase capazes de fazê-lo esquecer a barbárie humana. - Um velho que lia romances de amor foi dedicado a um homem que lutou e morreu a tentar preservar a floresta amazônica: Chico Mendes.