O Aparecimento Do Livro

O Aparecimento Do Livro - Febvre e Martin levantam os seguintes problemas: A que necessidades o livro veio satisfazer? Que tarefas cumpriu? A que causas serviu ou prejudicou? As respostas são cuidadosamente inseridas nos seus contextos sociais e culturais. Mostram como o livro desempenhou papel fundamental na veiculação das ideias durante o Renascimento, a Revolução Científica, a Reforma e a Revolução Francesa, e como esse avanço se refletiu em suas próprias condições de produção, saindo dos pequenos ateliês e se transformando em uma grande indústria.


Tudo aquilo que aparece nas épocas cruciais da História é comparável às "emergências" de que falam os biólogos e certos filósofos. Assim aconteceu com a invenção da escrita, no terceiro milênio antes da nossa era.
E a transformação do manuscrito em livro impresso não constitui também uma "mutação"? No percurso deste "ser" estranho que é o texto, o escrito, graças ao qual se pode transmitir o pensamento através do tempo e do espaço, surgem bruscamente características novas e revolucionárias. Se, de início, o seu aspecto pouco se altera - o livro do século xv assemelha-se, o mais que pode, ao manuscrito -, o material de que é feito é bastante novo, pelo menos na Europa: uma película de natureza vegetal, o papel, que se pode fabricar em grandes quantidades, substitui o pergaminho, de origem animal, raro sempre e caro. Por outro lado, graças aos caracteres móveis, reproduz-se infinitamente mais depressa e mais facilmente: em vez de se irem acrescentando lentamente uns aos outros, os exemplares aparecem às centenas, por vezes aos milhares, de uma só vez.
A presente obra mostra quais foram as condições e as fases desta metamorfose. Se, por um lado, permite revelar melhor os elementos que exigia para se produzir, por outro, mostra as profundas modificações que, por sua vez, o livro impresso - esse "fermento", na expressão de Lucien Febvre - produziu na cultura europeia. Filha, em certo sentido, do humanismo nascente e das suas exigências, a imprensa garantiu-lhe os progressos e o triunfo definitivo. Cem anos após o seu nascimento, tinha criado um mundo novo - e uma nova mentalidade.
Ver-se-á, nestas páginas atraentes, de que forma tipógrafos, mestres impressores, livreiros, autores, enfim, vieram a constituir bem rapidamente um mundo à parte, que, nessa época ainda impregnada de Idade Média, possuía um estado de espírito, poder-se-ia dizer, surpreendentemente aberto, moderno, progressista e cuja influência foi grande. Assim, os homens fizeram os livros, e os livros, por sua vez, moldaram os homens.

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O Aparecimento Do Livro – Febvre e Martin levantam os seguintes problemas: A que necessidades o livro veio satisfazer? Que tarefas cumpriu? A que causas serviu ou prejudicou? As respostas são cuidadosamente inseridas nos seus contextos sociais e culturais. Mostram como o livro desempenhou papel fundamental na veiculação das ideias durante o Renascimento, a Revolução Científica, a Reforma e a Revolução Francesa, e como esse avanço se refletiu em suas próprias condições de produção, saindo dos pequenos ateliês e se transformando em uma grande indústria.
Tudo aquilo que aparece nas épocas cruciais da História é comparável às “emergências” de que falam os biólogos e certos filósofos. Assim aconteceu com a invenção da escrita, no terceiro milênio antes da nossa era.
E a transformação do manuscrito em livro impresso não constitui também uma “mutação”? No percurso deste “ser” estranho que é o texto, o escrito, graças ao qual se pode transmitir o pensamento através do tempo e do espaço, surgem bruscamente características novas e revolucionárias. Se, de início, o seu aspecto pouco se altera – o livro do século xv assemelha-se, o mais que pode, ao manuscrito -, o material de que é feito é bastante novo, pelo menos na Europa: uma película de natureza vegetal, o papel, que se pode fabricar em grandes quantidades, substitui o pergaminho, de origem animal, raro sempre e caro. Por outro lado, graças aos caracteres móveis, reproduz-se infinitamente mais depressa e mais facilmente: em vez de se irem acrescentando lentamente uns aos outros, os exemplares aparecem às centenas, por vezes aos milhares, de uma só vez.
A presente obra mostra quais foram as condições e as fases desta metamorfose. Se, por um lado, permite revelar melhor os elementos que exigia para se produzir, por outro, mostra as profundas modificações que, por sua vez, o livro impresso – esse “fermento”, na expressão de Lucien Febvre – produziu na cultura europeia. Filha, em certo sentido, do humanismo nascente e das suas exigências, a imprensa garantiu-lhe os progressos e o triunfo definitivo. Cem anos após o seu nascimento, tinha criado um mundo novo – e uma nova mentalidade.
Ver-se-á, nestas páginas atraentes, de que forma tipógrafos, mestres impressores, livreiros, autores, enfim, vieram a constituir bem rapidamente um mundo à parte, que, nessa época ainda impregnada de Idade Média, possuía um estado de espírito, poder-se-ia dizer, surpreendentemente aberto, moderno, progressista e cuja influência foi grande. Assim, os homens fizeram os livros, e os livros, por sua vez, moldaram os homens.

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