Avaliação Em Saúde

Diversas iniciativas voltadas para a avaliação em saúde no Brasil vêm sendo desenvolvidas, de forma progressiva, nas últimas três décadas. Inicialmente, foram realizadas pesquisas acadêmicas com a intenção de avaliar serviços ou estabelecimentos de saúde.
Posteriormente, as próprias políticas racionalizadoras que valorizavam o planejamento de saúde, mediante a formulação dos programas de extensão de cobertura (PECs) e dos programas especiais, traziam nos seus documentos tópicos que sugeriam uma preocupação com a avaliação.
Estes apresentavam proposições relativas a um elenco de indicadores e a montagem de sistemas de informação, sugerindo uma intenção de imprimir racionalidade nas intervenções em saúde.


As Ações Integradas de Saúde (AIS) e os Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), enquanto políticas democratizantes, também valorizaram o planejamento e a avaliação através da programação e orçamentação integrada (POI) e dos primeiros planos estaduais e municipais de saúde na década de oitenta.
Nos anos noventa, ainda que as conferências e os conselhos de saúde constituíssem espaços potenciais para a expansão e institucionalização da avaliação, as fragilidades dessas instâncias de controle social e o esvaziamento da planificação pela onda neoliberal retardaram a consolidação da avaliação em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
Mesmo assim, distintos estudos sobre a produção científica e tecnológica da área de Planificação e Gestão em Saúde (P&G) já apontavam para o crescimento de investigações sobre avaliação em saúde.
Na presente década, pode-se afirmar que o interesse pela avaliação em saúde não se restringe ao âmbito acadêmico. O próprio Ministério da Saúde (MS) tem encomendado um conjunto de estudos nessa perspectiva, não só por exigência de financiadores externos, mas devido a uma crescente consciência de responsabilização entre seus técnicos e dirigentes.
Trata-se de um contexto muito favorável para o lançamento do livro Avaliação em Saúde: dos modelos teóricos à prática na avaliação de Programas e Sistemas de Saúde, organizado pelas professoras Zulmira Maria de Araújo Hartz e Ligia Maria Vieira da Silva e contando com a participação de mais de uma dezena de destacados colaboradores nacionais e internacionais.
Além do desenvolvimento da área sugerido pelo título, o leitor seguramente perceberá duas grandes contribuições dos seus autores. A primeira decorre da abrangência dos seus objetos, ou seja, não se restringe à avaliação de ações, serviços e estabelecimentos de saúde, ousando avançar para a avaliação de programas, sistemas e políticas de saúde.
A segunda corresponde ao questionamento da avaliação de “caixa preta”, ou seja, a que ignora o contexto e os passos intermediários no alcance de produtos e resultados. Nesse sentido, apresenta abordagens criativas para a sua superação.

 

 

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Posteriormente, as próprias políticas racionalizadoras que valorizavam o planejamento de saúde, mediante a formulação dos programas de extensão de cobertura (PECs) e dos programas especiais, traziam nos seus documentos tópicos que sugeriam uma preocupação com a avaliação.
Estes apresentavam proposições relativas a um elenco de indicadores e a montagem de sistemas de informação, sugerindo uma intenção de imprimir racionalidade nas intervenções em saúde.
As Ações Integradas de Saúde (AIS) e os Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), enquanto políticas democratizantes, também valorizaram o planejamento e a avaliação através da programação e orçamentação integrada (POI) e dos primeiros planos estaduais e municipais de saúde na década de oitenta.
Nos anos noventa, ainda que as conferências e os conselhos de saúde constituíssem espaços potenciais para a expansão e institucionalização da avaliação, as fragilidades dessas instâncias de controle social e o esvaziamento da planificação pela onda neoliberal retardaram a consolidação da avaliação em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
Mesmo assim, distintos estudos sobre a produção científica e tecnológica da área de Planificação e Gestão em Saúde (P&G) já apontavam para o crescimento de investigações sobre avaliação em saúde.
Na presente década, pode-se afirmar que o interesse pela avaliação em saúde não se restringe ao âmbito acadêmico. O próprio Ministério da Saúde (MS) tem encomendado um conjunto de estudos nessa perspectiva, não só por exigência de financiadores externos, mas devido a uma crescente consciência de responsabilização entre seus técnicos e dirigentes.
Trata-se de um contexto muito favorável para o lançamento do livro Avaliação em Saúde: dos modelos teóricos à prática na avaliação de Programas e Sistemas de Saúde, organizado pelas professoras Zulmira Maria de Araújo Hartz e Ligia Maria Vieira da Silva e contando com a participação de mais de uma dezena de destacados colaboradores nacionais e internacionais.
Além do desenvolvimento da área sugerido pelo título, o leitor seguramente perceberá duas grandes contribuições dos seus autores. A primeira decorre da abrangência dos seus objetos, ou seja, não se restringe à avaliação de ações, serviços e estabelecimentos de saúde, ousando avançar para a avaliação de programas, sistemas e políticas de saúde.
A segunda corresponde ao questionamento da avaliação de “caixa preta”, ou seja, a que ignora o contexto e os passos intermediários no alcance de produtos e resultados. Nesse sentido, apresenta abordagens criativas para a sua superação.

 

 

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