A Batalha Pela Alma Dos Beatles

Os Beatles poderiam ser perdoados por duvidarem do valor da fama. Um deles foi assassinado a tiros, em frente ao prédio onde morava, por um homem que se declarava um fã.
Outro foi brutalmente atacado em sua casa; e morreu menos de dois anos depois do incidente.

Um terceiro envolveu-se numa crise conjugal na qual foram expostos ao público todos os detalhes de sua vida pessoal. Ao quarto foi tão difícil sobreviver fora da banda que ele se perdeu em álcool e cocaína.
Esses quatro homens criaram uma música de tamanha alegria e inventividade que conquistou o imaginário mundial e nunca perdeu seu fascínio.
Mesmo alguns poucos compassos de She Loves You ou Hey Jude têm o poder de descolar do cotidiano os ouvintes e lançá-los num mundo de fantasia em que cada momento transborda de possibilidades, e o amor vence o sofrimento.
As canções dos Beatles recriam magicamente o idealismo que inspirou sua própria criação e abrem essa fonte a todos nós. São canções que parecem vir de uma época de inocência e sonhos e representam todo o esplendor e turbulência associados à sua década. São marcos históricos que se tornaram míticos, familiares como enredos de contos de fadas.
Compõem uma memória coletiva reconfortante – ‘um brilho universal’, como já foi observado, que iluminou e ainda ilumina o mundo.
E, contudo, eram humanos os heróis do mito, teimosa e por vezes aflitivamente humanos. Quase que isolados em sua geração, não quiseram que a fantasia continuasse. O público acalentou-se na liberdade evocada pelos Beatles; os Beatles quiseram simplesmente a liberdade de não ser mais os Beatles.
Em fins da década de 1960, enquanto os fãs orientavam suas vidas por aquelas canções, o quarteto tramava um futuro alternativo, com os integrantes libertos das algemas quádruplas que eles mesmos haviam forjado.
Mas logo perceberiam que não havia escapatória: eles sempre seriam os Beatles, sempre julgados em comparação aos picos escalados no passado. Os trabalhos individuais, não importava o quão inspirados, eram inevitavelmente ofuscados pelas eternas reprises de sua fabulosa juventude.

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Os Beatles poderiam ser perdoados por duvidarem do valor da fama. Um deles foi assassinado a tiros, em frente ao prédio onde morava, por um homem que se declarava um fã.
Outro foi brutalmente atacado em sua casa; e morreu menos de dois anos depois do incidente. Um terceiro envolveu-se numa crise conjugal na qual foram expostos ao público todos os detalhes de sua vida pessoal. Ao quarto foi tão difícil sobreviver fora da banda que ele se perdeu em álcool e cocaína.
Esses quatro homens criaram uma música de tamanha alegria e inventividade que conquistou o imaginário mundial e nunca perdeu seu fascínio.
Mesmo alguns poucos compassos de She Loves You ou Hey Jude têm o poder de descolar do cotidiano os ouvintes e lançá-los num mundo de fantasia em que cada momento transborda de possibilidades, e o amor vence o sofrimento.
As canções dos Beatles recriam magicamente o idealismo que inspirou sua própria criação e abrem essa fonte a todos nós. São canções que parecem vir de uma época de inocência e sonhos e representam todo o esplendor e turbulência associados à sua década. São marcos históricos que se tornaram míticos, familiares como enredos de contos de fadas.
Compõem uma memória coletiva reconfortante – ‘um brilho universal’, como já foi observado, que iluminou e ainda ilumina o mundo.
E, contudo, eram humanos os heróis do mito, teimosa e por vezes aflitivamente humanos. Quase que isolados em sua geração, não quiseram que a fantasia continuasse. O público acalentou-se na liberdade evocada pelos Beatles; os Beatles quiseram simplesmente a liberdade de não ser mais os Beatles.
Em fins da década de 1960, enquanto os fãs orientavam suas vidas por aquelas canções, o quarteto tramava um futuro alternativo, com os integrantes libertos das algemas quádruplas que eles mesmos haviam forjado.
Mas logo perceberiam que não havia escapatória: eles sempre seriam os Beatles, sempre julgados em comparação aos picos escalados no passado. Os trabalhos individuais, não importava o quão inspirados, eram inevitavelmente ofuscados pelas eternas reprises de sua fabulosa juventude.

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