Autoimperialismo

Autoimperialismo: Três Ensaios Sobre O Brasil é um livro para repensar o que é o Brasil, e qual o nosso futuro.
Em três breves ensaios, o norte-americano Benjamin Moser desfaz a visão comumente difundida acerca da arquitetura moderna brasileira e as realizações que dela descendem.


Para o autor, que, na qualidade de biógrafo e tradutor de Clarice Lispector, conviveu longamente com a cultura do Brasil, a construção do país se rege por um conceito que ele denomina autoimperialismo, título que dá a um ensaio deste livro.
Desde as bandeiras e seus perpetradores – tema que orienta o texto A pornografia dos Bandeirantes –, o Brasil tem se dedicado a conquistar-se a si mesmo, de maneira tão predatória quanto a que adotaria um invasor estrangeiro.
Em termos urbanísticos, a atitude se manifesta em momentos como a construção da avenida Rio Branco, que arrasou boa parte do Rio de Janeiro antigo nas reformas do prefeito Pereira Passos, se repete no loteamento descuidado e regido pelo capital das grandes cidades como São Paulo e chega ao ápice na construção de Brasília.
A visão desolada que Moser dedica à capital do Brasil, que projetou no mundo a arquitetura de Oscar Niemeyer, é o tema de Cemitério da Esperança, ensaio de abertura do livro. No texto, o ensaísta analisa os aspectos autoritários por trás dos monumentos brasilienses, lançando um olhar crítico raramente destinado às realizações daquele que se tornaria algo como o arquiteto oficial do país.

Passei noites com pessoas maravilhosas das quais logo me esqueci. Visitei belíssimas cidades para ir-me embora sem saudade. Mas há lugares e pessoas que não esquecemos – aos quais voltamos sempre.
O amor é assim: não sabemos explicar por qual razão este fica e aquele não. Muitas vezes – talvez justamente por não entendermos o porquê – nós erramos. Mas amei Clarice Lispector e deu certo. E amei o Brasil e deu certo. “O Brasil entrou em você”, me disse uma amiga. Assim foi.
Como explicar que, sendo estrangeiro, não tenha me sentido, em nenhum momento, alheio ao Brasil? Mesmo assim, como em qualquer casamento, foram necessários anos para aprender o que, e quem, eu tinha diante de mim. Este livro retrata três tentativas de ver o Brasil. Contém muitas decepções – nisso talvez nunca tenha sido tão brasileiro. Mas decepção não é desamor: é uma esperança de que, sob um olhar mais agudo, as coisas possam ser diferentes.

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Autoimperialismo: Três Ensaios Sobre O Brasil é um livro para repensar o que é o Brasil, e qual o nosso futuro.
Em três breves ensaios, o norte-americano Benjamin Moser desfaz a visão comumente difundida acerca da arquitetura moderna brasileira e as realizações que dela descendem.
Para o autor, que, na qualidade de biógrafo e tradutor de Clarice Lispector, conviveu longamente com a cultura do Brasil, a construção do país se rege por um conceito que ele denomina autoimperialismo, título que dá a um ensaio deste livro.
Desde as bandeiras e seus perpetradores – tema que orienta o texto A pornografia dos Bandeirantes –, o Brasil tem se dedicado a conquistar-se a si mesmo, de maneira tão predatória quanto a que adotaria um invasor estrangeiro.
Em termos urbanísticos, a atitude se manifesta em momentos como a construção da avenida Rio Branco, que arrasou boa parte do Rio de Janeiro antigo nas reformas do prefeito Pereira Passos, se repete no loteamento descuidado e regido pelo capital das grandes cidades como São Paulo e chega ao ápice na construção de Brasília.
A visão desolada que Moser dedica à capital do Brasil, que projetou no mundo a arquitetura de Oscar Niemeyer, é o tema de Cemitério da Esperança, ensaio de abertura do livro. No texto, o ensaísta analisa os aspectos autoritários por trás dos monumentos brasilienses, lançando um olhar crítico raramente destinado às realizações daquele que se tornaria algo como o arquiteto oficial do país.

Passei noites com pessoas maravilhosas das quais logo me esqueci. Visitei belíssimas cidades para ir-me embora sem saudade. Mas há lugares e pessoas que não esquecemos – aos quais voltamos sempre.
O amor é assim: não sabemos explicar por qual razão este fica e aquele não. Muitas vezes – talvez justamente por não entendermos o porquê – nós erramos. Mas amei Clarice Lispector e deu certo. E amei o Brasil e deu certo. “O Brasil entrou em você”, me disse uma amiga. Assim foi.
Como explicar que, sendo estrangeiro, não tenha me sentido, em nenhum momento, alheio ao Brasil? Mesmo assim, como em qualquer casamento, foram necessários anos para aprender o que, e quem, eu tinha diante de mim. Este livro retrata três tentativas de ver o Brasil. Contém muitas decepções – nisso talvez nunca tenha sido tão brasileiro. Mas decepção não é desamor: é uma esperança de que, sob um olhar mais agudo, as coisas possam ser diferentes.

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