Psicologia Educacional

A escolha de uma perspectiva desenvolvimentista como meio de proporcionar coerência teórica ao nosso novo texto foi motivada tanto por considerações profissionais como pessoais.

Partindo do ponto de vista profissional, a investigação realizada por grandes nomes como Jean Piaget, Lawrence Kohlberg e David Hunt estava a cativar a atenção de um número cada vez maior de professores e investigadores norte-americanos. Entre estes estávamos nós, dois jovens professores, ocupados na educação de cinco crianças. Não foi difícil tornarmo-nos desenvolvimentistas ao observarmos quase diariamente crescimento e mudança.
O problema que encarávamos enquanto autores de um texto de Psicologia Educacional era o de reconciliar as perspectivas mais clássicas e tradicionais neste campo com o nosso novo quadro de referência desenvolvimentista. Não era uma tarefa fácil. Afinal, escolas de pensamento como o comportamentalismo, as diferenças individuais, as teorias
da instrução e a psicologia do traço tinham longas tradições que não podíamos ignorar. O que descobrimos, e ainda continuamos ainda a trabalhar sobre este problema, foi que o quadro de referência desenvolvimentista é suficientemente amplo para abranger muito do que as teorias anteriores podiam oferecer. Por exemplo, é óbvio que num estádio de desenvolvimento particular, a abordagem comportamentalista é bastante apropriada quer em termos de ensino quer da organização da sala de aula. Do mesmo modo, a um nível diferente, os conceitos e as práticas da Psicologia Social entram em cena. Em suma, o quadro de referência desenvolvimentista ajuda a identificar os pontos fortes dos alunos, bem como as suas necessidades e as suas estratégias de resolução de problemas, e transforma-se na base para a escolha de diferentes estratégias de ensino. A este ajustamento entre as necessidades e estratégias segue-se um desajustamento construtivo que visa o crescimento do aluno.
Verificámos recentemente que os procedimentos de meta-análise nos ajudavam nos nossos esforços para sintetizar os resultados da investigação e, consequentemente, a evitar a adoção um ponto de vista único. Os meta-resultados indicaram claramente que as estratégias para um ensino eficaz são conceitualizadas de forma mais adequada como um repertório de diferentes modelos.

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A escolha de uma perspectiva desenvolvimentista como meio de proporcionar coerência teórica ao nosso novo texto foi motivada tanto por considerações profissionais como pessoais. Partindo do ponto de vista profissional, a investigação realizada por grandes nomes como Jean Piaget, Lawrence Kohlberg e David Hunt estava a cativar a atenção de um número cada vez maior de professores e investigadores norte-americanos. Entre estes estávamos nós, dois jovens professores, ocupados na educação de cinco crianças. Não foi difícil tornarmo-nos desenvolvimentistas ao observarmos quase diariamente crescimento e mudança.
O problema que encarávamos enquanto autores de um texto de Psicologia Educacional era o de reconciliar as perspectivas mais clássicas e tradicionais neste campo com o nosso novo quadro de referência desenvolvimentista. Não era uma tarefa fácil. Afinal, escolas de pensamento como o comportamentalismo, as diferenças individuais, as teorias
da instrução e a psicologia do traço tinham longas tradições que não podíamos ignorar. O que descobrimos, e ainda continuamos ainda a trabalhar sobre este problema, foi que o quadro de referência desenvolvimentista é suficientemente amplo para abranger muito do que as teorias anteriores podiam oferecer. Por exemplo, é óbvio que num estádio de desenvolvimento particular, a abordagem comportamentalista é bastante apropriada quer em termos de ensino quer da organização da sala de aula. Do mesmo modo, a um nível diferente, os conceitos e as práticas da Psicologia Social entram em cena. Em suma, o quadro de referência desenvolvimentista ajuda a identificar os pontos fortes dos alunos, bem como as suas necessidades e as suas estratégias de resolução de problemas, e transforma-se na base para a escolha de diferentes estratégias de ensino. A este ajustamento entre as necessidades e estratégias segue-se um desajustamento construtivo que visa o crescimento do aluno.
Verificámos recentemente que os procedimentos de meta-análise nos ajudavam nos nossos esforços para sintetizar os resultados da investigação e, consequentemente, a evitar a adoção um ponto de vista único. Os meta-resultados indicaram claramente que as estratégias para um ensino eficaz são conceitualizadas de forma mais adequada como um repertório de diferentes modelos.

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