Minha Vida Sem Banho

Uma rotina apática, sem brilho: um trabalho burocrático, horas de procrastinação à frente da TV ou navegando pela internet, diversão beirando o zero, atividade física nula, vida social inexistente e nenhum amigo. O único ponto fora da curva, sua namorada, está a milhares de quilômetros de distância, a trabalho, em Manaus.

Frente a essa realidade entediante, um boiler queimado no inverno e a perspectiva de uma ducha gelada tornam a dispensa do banho não só um evento para Célio Soihet Waisman, mas um verdadeiro “Projeto”. Eis a premissa do desconcertante Minha vida sem banho, novo romance do prestigiado escritor, tradutor e jornalista Bernardo Ajzenberg.
Tendo São Paulo como pano de fundo — marginal Pinheiros, rodovia Castelo Branco, Butantã, rodovia Fernão Dias, rua da Consolação, Hospital Albert Einstein, rua Augusta, PUC, USP, avenida São João —, o autor criou uma trama enovelada por fios distintos em que são identificados elementos recorrentes em suas obras: protagonistas em crise, família fragmentada, hipocrisia, relações afetivas em xeque, solidão, raízes judaicas, as vivências e molduras decorrentes de uma geração que cresceu sob a ditadura militar brasileira. Todos os temas entrelaçados num trabalho de ourivesaria pelo apreço em investigar a psicologia humana.
Gersh, Janete, Wilson, Vilma, Flora, Alzira, Marcos, Mercedes, Débora, Beatriz, Rogério, Esmeralda, Agnelo, Nélida, Danda, Antonio. Uma fauna extensa de personagens a serviço de uma história — ou várias histórias, umas dentro de outras — para desvendar quem é Célio, funcionário de um instituto de cunho ambientalista, resumidamente, e que, de uma hora para outra, tomado pelo enfado, resolve parar de tomar banho.
Lançando mão de uma narrativa de fragmentos anacrônicos, Ajzenberg desenvolve o romance a partir de três vozes íntimas e ao mesmo tempo distantes. O relato pessoal de Célio sobre sua vida sem banho e as implicações diretas dessa pretensa decisão ecológica, mas nada higienista. As mensagens das cartas e e-mails de Débora, sua namorada, durante o período em Manaus, variando da histeria e insegurança às declarações de amor e o desejo de ter um filho com ele. E as recordações (e confissões reveladoras) anotadas por Marcos Wiesen em um caderno sobre a trajetória do casal Wilson Waisman e Flora Soihet, pais de Célio, em torno de cujas vidas orbitou a sua.
Débora e Marcos enriquecem a história do protagonista e são peças-chave em sua jornada de autoconhecimento. Afinal, com perspicaz ironia, o autor usa a ausência de banho como metáfora para a falta de metas, propósitos, desejos e ações de Célio. E mostra como as pequenas decisões cotidianas, em meio a eventos históricos conturbados, podem ter impactos devastadores na vida de cada de um.

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Uma rotina apática, sem brilho: um trabalho burocrático, horas de procrastinação à frente da TV ou navegando pela internet, diversão beirando o zero, atividade física nula, vida social inexistente e nenhum amigo. O único ponto fora da curva, sua namorada, está a milhares de quilômetros de distância, a trabalho, em Manaus. Frente a essa realidade entediante, um boiler queimado no inverno e a perspectiva de uma ducha gelada tornam a dispensa do banho não só um evento para Célio Soihet Waisman, mas um verdadeiro “Projeto”. Eis a premissa do desconcertante Minha vida sem banho, novo romance do prestigiado escritor, tradutor e jornalista Bernardo Ajzenberg.
Tendo São Paulo como pano de fundo — marginal Pinheiros, rodovia Castelo Branco, Butantã, rodovia Fernão Dias, rua da Consolação, Hospital Albert Einstein, rua Augusta, PUC, USP, avenida São João —, o autor criou uma trama enovelada por fios distintos em que são identificados elementos recorrentes em suas obras: protagonistas em crise, família fragmentada, hipocrisia, relações afetivas em xeque, solidão, raízes judaicas, as vivências e molduras decorrentes de uma geração que cresceu sob a ditadura militar brasileira. Todos os temas entrelaçados num trabalho de ourivesaria pelo apreço em investigar a psicologia humana.
Gersh, Janete, Wilson, Vilma, Flora, Alzira, Marcos, Mercedes, Débora, Beatriz, Rogério, Esmeralda, Agnelo, Nélida, Danda, Antonio. Uma fauna extensa de personagens a serviço de uma história — ou várias histórias, umas dentro de outras — para desvendar quem é Célio, funcionário de um instituto de cunho ambientalista, resumidamente, e que, de uma hora para outra, tomado pelo enfado, resolve parar de tomar banho.
Lançando mão de uma narrativa de fragmentos anacrônicos, Ajzenberg desenvolve o romance a partir de três vozes íntimas e ao mesmo tempo distantes. O relato pessoal de Célio sobre sua vida sem banho e as implicações diretas dessa pretensa decisão ecológica, mas nada higienista. As mensagens das cartas e e-mails de Débora, sua namorada, durante o período em Manaus, variando da histeria e insegurança às declarações de amor e o desejo de ter um filho com ele. E as recordações (e confissões reveladoras) anotadas por Marcos Wiesen em um caderno sobre a trajetória do casal Wilson Waisman e Flora Soihet, pais de Célio, em torno de cujas vidas orbitou a sua.
Débora e Marcos enriquecem a história do protagonista e são peças-chave em sua jornada de autoconhecimento. Afinal, com perspicaz ironia, o autor usa a ausência de banho como metáfora para a falta de metas, propósitos, desejos e ações de Célio. E mostra como as pequenas decisões cotidianas, em meio a eventos históricos conturbados, podem ter impactos devastadores na vida de cada de um.

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