Nora Webster

O romance retrata a vida da personagem-título, uma mulher por volta dos 40 anos que mora com a família na pequena cidade de Enniscorthy, no sul da Irlanda, na década de 1960. A história começa com Nora recebendo mais uma visita de um de seus vizinhos

, algo recorrente desde que ela perdeu seu marido, Maurice, morto por causa de uma doença no coração. A vizinha da vez, além de querer confortar a viúva, conta que seu filho tem interesse em comprar uma casa de praia que pertence à família de Nora, para a qual eles viajavam todo verão. Ao imaginar que essas viagens não serão mais tão agradáveis quanto eram com seu marido vivo, ela decide vender a casa, para a tristeza de seus quatro filhos, duas meninas, mais velhas, e dois garotos.
Mesmo arrasada com a perda de Maurice, Nora não se entrega ao desespero – as crises de choro são citadas como recorrentes e inexplicáveis, que podem acontecer a qualquer momento, mas nunca são presenciadas pelo leitor. E aí começa a quebra de expectativa de quem tem o romance de Tóibín nas mãos. Nora é uma viúva jovem, que perdeu o amor de sua vida e que tem quatro filhos para criar sozinha. Mesmo com emoções latentes e pensamentos contraditórios atravessando sua mente o tempo todo durante o processo de superação, ela consegue se manter impassível diante do dia a dia e das crianças, as quais chega a esquecer e até a ignorar em determinados momentos.
O romance, trabalhado em uma linguagem econômica, com estilo neutro e direto, tem tons fortemente autobiográficos. Tóibín perdeu o pai na década de 1960 e sua mãe precisou cuidar dos cinco filhos, ao mesmo tempo em que voltava ao mercado de trabalho, assim como Nora. O escritor conta que, também como a protagonista do livro, sua mãe tinha interesse por música e tinha a tendência a se calar diante de discussões importantes com os filhos. “Havia certo silêncio. Mas é difícil falar em uma casa que perdeu um membro da família”, conta. Tóibín é representado em Nora Webster pelo garoto mais velho, Donal, de 12 anos. Reservado, o rapaz encontra um refúgio na arte – na fotografia, no livro e na literatura – e desenvolve uma gagueira após a morte do pai.

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O romance retrata a vida da personagem-título, uma mulher por volta dos 40 anos que mora com a família na pequena cidade de Enniscorthy, no sul da Irlanda, na década de 1960. A história começa com Nora recebendo mais uma visita de um de seus vizinhos, algo recorrente desde que ela perdeu seu marido, Maurice, morto por causa de uma doença no coração. A vizinha da vez, além de querer confortar a viúva, conta que seu filho tem interesse em comprar uma casa de praia que pertence à família de Nora, para a qual eles viajavam todo verão. Ao imaginar que essas viagens não serão mais tão agradáveis quanto eram com seu marido vivo, ela decide vender a casa, para a tristeza de seus quatro filhos, duas meninas, mais velhas, e dois garotos.
Mesmo arrasada com a perda de Maurice, Nora não se entrega ao desespero – as crises de choro são citadas como recorrentes e inexplicáveis, que podem acontecer a qualquer momento, mas nunca são presenciadas pelo leitor. E aí começa a quebra de expectativa de quem tem o romance de Tóibín nas mãos. Nora é uma viúva jovem, que perdeu o amor de sua vida e que tem quatro filhos para criar sozinha. Mesmo com emoções latentes e pensamentos contraditórios atravessando sua mente o tempo todo durante o processo de superação, ela consegue se manter impassível diante do dia a dia e das crianças, as quais chega a esquecer e até a ignorar em determinados momentos.
O romance, trabalhado em uma linguagem econômica, com estilo neutro e direto, tem tons fortemente autobiográficos. Tóibín perdeu o pai na década de 1960 e sua mãe precisou cuidar dos cinco filhos, ao mesmo tempo em que voltava ao mercado de trabalho, assim como Nora. O escritor conta que, também como a protagonista do livro, sua mãe tinha interesse por música e tinha a tendência a se calar diante de discussões importantes com os filhos. “Havia certo silêncio. Mas é difícil falar em uma casa que perdeu um membro da família”, conta. Tóibín é representado em Nora Webster pelo garoto mais velho, Donal, de 12 anos. Reservado, o rapaz encontra um refúgio na arte – na fotografia, no livro e na literatura – e desenvolve uma gagueira após a morte do pai.

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