Repensar O Multiculturalismo E O Desenvolvimento No Brasil Vol. I

O tema desta pesquisa situa-se no quadro dos trabalhos científicos que têm discutido a questão da emancipação ou da integração do negro na sociedade brasileira, onde duas matrizes teóricas têm disputado a sua interpretação dentro das ciências sociais.

A primeira, geralmente, associada às obras do sociólogo pernambucano Gilberto Freyre. Casa Grande & Senzala é tomada, nesse contexto, como uma de suas obras de referência. A segunda matriz, oposta à primeira, está, geralmente, atrelada à publicação das duas obras clássicas do sociólogo paulista Florestan Fernandes: “A integração do negro na sociedade de classes: o legado da 'raça branca'” e “A integração do negro na sociedade de classes: no limiar de uma nova era”.
No estado atual do debate sobre esse tema, Luciana Jaccoud qualificou a primeira tradição de “paradigma de democracia racial” e a segunda de “paradigma de igualdade racial”. É dentro desse último que se situa esta tese. Trata-se da tradição sociológica fernandiana que foi renovada, nos anos de 1980, pelos estudos de Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle Silva, criticando a democracia racial como mito, demonstrando as desigualdades raciais que afetam negros e brancos de formas diferentes, mas com a ressalva de que não se trata, necessariamente, do legado do passado colonial, como defendia Florestan Fernandes. Para eles, o racismo à brasileira tinha se configurado a partir da realidade da nova sociedade brasileira capitalista.
Entre os anos de 1990 até 2009, o tema da integração do negro na sociedade vem se atualizando com novas abordagens, oriundas do multiculturalismo e, timidamente, dos estudos do desenvolvimento. Dessa forma, ele vem sendo discutido, entre os defensores do paradigma da igualdade racial, em termos de políticas públicas de ações afirmativas. Encontramos, por exemplo, esses dois títulos que traduzem essa visão: “Ações afirmativas: políticas públicas contra as desigualdades raciais”; “As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição”.

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O tema desta pesquisa situa-se no quadro dos trabalhos científicos que têm discutido a questão da emancipação ou da integração do negro na sociedade brasileira, onde duas matrizes teóricas têm disputado a sua interpretação dentro das ciências sociais. A primeira, geralmente, associada às obras do sociólogo pernambucano Gilberto Freyre. Casa Grande & Senzala é tomada, nesse contexto, como uma de suas obras de referência. A segunda matriz, oposta à primeira, está, geralmente, atrelada à publicação das duas obras clássicas do sociólogo paulista Florestan Fernandes: “A integração do negro na sociedade de classes: o legado da ‘raça branca’” e “A integração do negro na sociedade de classes: no limiar de uma nova era”.
No estado atual do debate sobre esse tema, Luciana Jaccoud qualificou a primeira tradição de “paradigma de democracia racial” e a segunda de “paradigma de igualdade racial”. É dentro desse último que se situa esta tese. Trata-se da tradição sociológica fernandiana que foi renovada, nos anos de 1980, pelos estudos de Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle Silva, criticando a democracia racial como mito, demonstrando as desigualdades raciais que afetam negros e brancos de formas diferentes, mas com a ressalva de que não se trata, necessariamente, do legado do passado colonial, como defendia Florestan Fernandes. Para eles, o racismo à brasileira tinha se configurado a partir da realidade da nova sociedade brasileira capitalista.
Entre os anos de 1990 até 2009, o tema da integração do negro na sociedade vem se atualizando com novas abordagens, oriundas do multiculturalismo e, timidamente, dos estudos do desenvolvimento. Dessa forma, ele vem sendo discutido, entre os defensores do paradigma da igualdade racial, em termos de políticas públicas de ações afirmativas. Encontramos, por exemplo, esses dois títulos que traduzem essa visão: “Ações afirmativas: políticas públicas contra as desigualdades raciais”; “As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição”.

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