A Busca Do Símbolo

Qualquer tentativa de se apresentar um estudo sistemático da teoria e prática da psicologia analítica - aquela abordagem da psicologia profunda baseada nas descobertas de C. G. Jung - confronta-se logo de inicio com um paradoxo.


De um lado, uma apresentação tórica é vitalmente necessária diante do fato de que muitos leitores interessados enfrentam grandes dificuldades em apreciar 0 significado da contribuição de Jung para 0 pensamento moderno. De outro lado, uma apresentação adequadamente lógica e sistemática é quase impossível devido a natureza do assunto. A psique não opera de acordo com as linhas da nossa racionalidade costumeira. Entretanto, este paradoxo talvez seja apropriado, já que um dos grandes temas de Jung é 0 paradoxo e sua reconciliação.
Todos os dias ouvimos muitos dos termos de Jung na nossa linguagem cotidiana - extrovertido, introvertido, tipo pensamento, arquétipo -, mas 0 que Jung realmente queria transmitir raramente é entendido pela maioria das pessoas que os utiliza. Deve-se admitir que esta abordagem tão estranha ao treino mental do século XX a ponto de ser chamada por muitos de "mística", é de difícil compreensão; esta dificuldade é também agravada pelo fato de que a terminologia da psicologia de Jung, criada como foi para servir a descobertas empíricas particulares, algumas vezes demonstrou estar em conflito com 0 uso geral de palavras e definições filosóficas correntes, deixando a porta aberta para intermináveis mal-entendidos. Assim, parece necessário um certo grau de esclarecimento
e redefinição epistemológica.
No nível filosófico, verificamos que as formulações anteriores não são apropriadas as novas provas que temos pela frente porque lhes falta conhecimento adequado dos mecanismos da psique inconsciente. Elas se aplicam a um estágio da ciência já ultrapassado tanto pelas descobertas de Jung como pelas descobertas dos físicos nucleares. Não podemos colocar vinho novo psicológico dentro de velhas garrafas filosóficas; garrafas novas precisam ser feitas por nós e pelas gerações vindouras. Esta tarefa , entretanto , vai requerer nada menos que uma revisão radical de nossas atitudes intelectuais se quisermos conseguir integrar, dentro da nossa visão de mundo, aqueles fatos e descobertas que desafiam nossos sistemas de referências racionalistas e positivas.

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Todos os dias ouvimos muitos dos termos de Jung na nossa linguagem cotidiana – extrovertido, introvertido, tipo pensamento, arquétipo -, mas 0 que Jung realmente queria transmitir raramente é entendido pela maioria das pessoas que os utiliza. Deve-se admitir que esta abordagem tão estranha ao treino mental do século XX a ponto de ser chamada por muitos de “mística”, é de difícil compreensão; esta dificuldade é também agravada pelo fato de que a terminologia da psicologia de Jung, criada como foi para servir a descobertas empíricas particulares, algumas vezes demonstrou estar em conflito com 0 uso geral de palavras e definições filosóficas correntes, deixando a porta aberta para intermináveis mal-entendidos. Assim, parece necessário um certo grau de esclarecimento
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No nível filosófico, verificamos que as formulações anteriores não são apropriadas as novas provas que temos pela frente porque lhes falta conhecimento adequado dos mecanismos da psique inconsciente. Elas se aplicam a um estágio da ciência já ultrapassado tanto pelas descobertas de Jung como pelas descobertas dos físicos nucleares. Não podemos colocar vinho novo psicológico dentro de velhas garrafas filosóficas; garrafas novas precisam ser feitas por nós e pelas gerações vindouras. Esta tarefa , entretanto , vai requerer nada menos que uma revisão radical de nossas atitudes intelectuais se quisermos conseguir integrar, dentro da nossa visão de mundo, aqueles fatos e descobertas que desafiam nossos sistemas de referências racionalistas e positivas.

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