Pequenos Poemas Em Prosa (Le Spleen De Paris)

“Quem de nós não sonhou, em dias de ambição, com o milagre de uma prosa poética, musical, sem ritmo e sem rima, bastante maleável e variada para adaptar-se aos movimentos líricos da alma, às ondulações da fantasia, aos sobressaltos da consciência?”

— escreve Baudelaire ao contemporâneo e amigo Arsène Houssaye, referindo-se aos sentimentos que lhe inspiraram este livro. E essa ambição foi realizada, plenamente realizada, malgrado o modesto receio em contrário manifestado pelo autor.
São verdadeiros poemas em prosa os pequenos contos aqui reunidos. Um grande e profundo sentimento poético, poderosamente auxiliado por uma imaginação fertilíssima e por um estilo sempre diverso e cheio de ritmo, é vazado em toda a extensão destas páginas.
Amor, ternura, sonho, ambição, bondade, angústia, bonomia, egoísmo, ciúme, sofrimento, em suma, todas as múltiplas variações da psicologia do poeta aqui se refletem em seus grandes momentos.
Não será, talvez, um livro genial; mas é certamente, e antes de tudo, da primeira à última linha, um grande livro humano, acentuadamente humano, como muito poucos.
Charles Pierre Baudelaire nasceu em Paris, em 9 de abril de 1821. Era filho de um pintor amador adido à administração do Senado. Ainda muito criança, perdeu o pai, tornando sua mãe a casar-se com o coronel Aupick, que foi mais tarde marechal de campo e embaixador da França em Constantinopla, em Londres e em Madri.
Baudelaire iniciou seus estudos no colégio de Lyon e terminou-os no Liceu Luiz O Grande em 1839. A despeito da vontade da família, não quis seguir nenhuma carreira, para consagrar-se exclusivamente à literatura. Foi então que seus pais, para vencer-lhe a resistência, resolveram embarcá-lo num navio mercante com destino a Calcutá. Ele, porém, não chegou ao termo da viagem e, após uma ausência de dez meses, regressou à França.
Ao atingir a maioridade, recebeu Baudelaire uma fortuna de cerca de setenta e cinco mil francos, que o pai lhe deixara como herança. Vendo-se finalmente livre, foi morar na ilha de Saint Louis, onde travou relações de amizade com Banville, Levasseur, Prarond e outros jovens poetas e artistas.

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“Quem de nós não sonhou, em dias de ambição, com o milagre de uma prosa poética, musical, sem ritmo e sem rima, bastante maleável e variada para adaptar-se aos movimentos líricos da alma, às ondulações da fantasia, aos sobressaltos da consciência?” — escreve Baudelaire ao contemporâneo e amigo Arsène Houssaye, referindo-se aos sentimentos que lhe inspiraram este livro. E essa ambição foi realizada, plenamente realizada, malgrado o modesto receio em contrário manifestado pelo autor.
São verdadeiros poemas em prosa os pequenos contos aqui reunidos. Um grande e profundo sentimento poético, poderosamente auxiliado por uma imaginação fertilíssima e por um estilo sempre diverso e cheio de ritmo, é vazado em toda a extensão destas páginas.
Amor, ternura, sonho, ambição, bondade, angústia, bonomia, egoísmo, ciúme, sofrimento, em suma, todas as múltiplas variações da psicologia do poeta aqui se refletem em seus grandes momentos.
Não será, talvez, um livro genial; mas é certamente, e antes de tudo, da primeira à última linha, um grande livro humano, acentuadamente humano, como muito poucos.
Charles Pierre Baudelaire nasceu em Paris, em 9 de abril de 1821. Era filho de um pintor amador adido à administração do Senado. Ainda muito criança, perdeu o pai, tornando sua mãe a casar-se com o coronel Aupick, que foi mais tarde marechal de campo e embaixador da França em Constantinopla, em Londres e em Madri.
Baudelaire iniciou seus estudos no colégio de Lyon e terminou-os no Liceu Luiz O Grande em 1839. A despeito da vontade da família, não quis seguir nenhuma carreira, para consagrar-se exclusivamente à literatura. Foi então que seus pais, para vencer-lhe a resistência, resolveram embarcá-lo num navio mercante com destino a Calcutá. Ele, porém, não chegou ao termo da viagem e, após uma ausência de dez meses, regressou à França.
Ao atingir a maioridade, recebeu Baudelaire uma fortuna de cerca de setenta e cinco mil francos, que o pai lhe deixara como herança. Vendo-se finalmente livre, foi morar na ilha de Saint Louis, onde travou relações de amizade com Banville, Levasseur, Prarond e outros jovens poetas e artistas.

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