Antenor Pimenta: Circo E Poesia (A Vida Do Autor De E O Céu Uniu Dois Corações)

Este livro faz um resgate importante: a memória de uma das mais famosas, notáveis e pouco conhecidas manifestações teatrais brasileiras: a da experiência do circo-teatro - aqueles grupos mambembes, que viajam por todo o país se exibindo em arenas e teatros improvisados

, com repertório popular, interpretando textos de sua própria autoria. Esses grupos fascinaram multidões, despertaram vocações, mas raramente foram registrados por nossa história cultural.
Relembramos aqui o que é certamente o mais ilustre dos autores e intérpretes do circo-teatro, Antenor Pimenta, num texto escrito por sua sobrinha e mestre em teatro, pela Unicamp, a também atriz Daniele Pimenta. Com sensibilidade e talento, ela reconstruiu a vida e os tempos daqueles nômades que viajavam de cidade em cidade, encenando seus textos.
E para melhor apreciar o trabalho do biografado, esta edição inclui também o texto integral de sua peça mais famosa, possivelmente a mais encenada e consagrada do Brasil: E o Céu Uniu Dois Corações. Além da apresentação da professora Neyde Veneziano, especialista em Teatro Popular.

Passar a vida sem uma casa de verdade, saltando de cidade em cidade, em cima de uma carroça, trem ou caminhão, parece coisa de gente maluca.
Pois gente de circo é assim, todo o mundo sabe. É gente nômade e acostumada ao desconforto, que troca a mesmice cotidiana dos escritórios por brilho e aplausos. Gente de circo tem vida dura, treina e ensaia à exaustão, vende pipoca nos intervalos, conserta lona esburacada, ensina aos filhos tradições técnicas e lições de escola, tudo para agradar ao público na hora em que a bandinha tocar. De longe, parece poética essa vida errante. Mas são muitas as histórias de amor daqueles que fugiram com o circo e acabaram deserdados e renegados pelas famílias tradicionais... Porque circo é risco e irreverência.
Palhaço incomoda e seduz, o espetáculo é atrevido e a risada é ambivalente. Para os que estão do outro lado da vida ou na outra ponta da arte, a atitude anárquica desqualifica e incomoda. Daí vem a intolerância e o preconceito que muitos têm contra esse tipo de arte e seus artistas.

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Este livro faz um resgate importante: a memória de uma das mais famosas, notáveis e pouco conhecidas manifestações teatrais brasileiras: a da experiência do circo-teatro – aqueles grupos mambembes, que viajam por todo o país se exibindo em arenas e teatros improvisados, com repertório popular, interpretando textos de sua própria autoria. Esses grupos fascinaram multidões, despertaram vocações, mas raramente foram registrados por nossa história cultural.
Relembramos aqui o que é certamente o mais ilustre dos autores e intérpretes do circo-teatro, Antenor Pimenta, num texto escrito por sua sobrinha e mestre em teatro, pela Unicamp, a também atriz Daniele Pimenta. Com sensibilidade e talento, ela reconstruiu a vida e os tempos daqueles nômades que viajavam de cidade em cidade, encenando seus textos.
E para melhor apreciar o trabalho do biografado, esta edição inclui também o texto integral de sua peça mais famosa, possivelmente a mais encenada e consagrada do Brasil: E o Céu Uniu Dois Corações. Além da apresentação da professora Neyde Veneziano, especialista em Teatro Popular.

Passar a vida sem uma casa de verdade, saltando de cidade em cidade, em cima de uma carroça, trem ou caminhão, parece coisa de gente maluca.
Pois gente de circo é assim, todo o mundo sabe. É gente nômade e acostumada ao desconforto, que troca a mesmice cotidiana dos escritórios por brilho e aplausos. Gente de circo tem vida dura, treina e ensaia à exaustão, vende pipoca nos intervalos, conserta lona esburacada, ensina aos filhos tradições técnicas e lições de escola, tudo para agradar ao público na hora em que a bandinha tocar. De longe, parece poética essa vida errante. Mas são muitas as histórias de amor daqueles que fugiram com o circo e acabaram deserdados e renegados pelas famílias tradicionais… Porque circo é risco e irreverência.
Palhaço incomoda e seduz, o espetáculo é atrevido e a risada é ambivalente. Para os que estão do outro lado da vida ou na outra ponta da arte, a atitude anárquica desqualifica e incomoda. Daí vem a intolerância e o preconceito que muitos têm contra esse tipo de arte e seus artistas.

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