O Futuro De Uma Ilusão E Outros Textos: Obras Completas Vol. 17

Entre os textos do volume 17, aquele considerado mais importante é o ensaio teórico Inibição, sintoma e angústia, em que Freud faz uma revisão do seu conceito de angústia, distingue entre repressão e defesa e diferencia cinco tipos de resistência, entre vários outros temas.


Em O futuro de uma ilusão, que causou controvérsia quando foi publicado, ele reflete sobre a natureza e o destino da religião e faz a apologia da razão como a única via para o conhecimento, no espírito dos iluministas do século XVIII. A questão da análise leiga, escrito em forma de diálogo, é, ao mesmo tempo, uma brilhante exposição da teoria e da prática da psicanálise e uma defesa da autonomia desta em relação à medicina, do seu exercício por terapeutas sem formação médica.
Dos textos menores do volume, merecem destaque “O Fetichismo” e “Dostoiévski e o parricídio”. No primeiro, o fetiche é explicado como um sucedâneo do pênis que o garoto atribui à mulher na infância. O segundo analisa a personalidade do escritor russo com base no “complexo de Édipo”.
Ao descrever fenômenos patológicos, a linguagem corrente diferencia entre sintomas e inibições, mas não dá grande valor a essa distinção. Se não encontrássemos casos de doença que apresentam inibições, mas não sintomas, e se não quiséssemos saber a razão para isso, dificilmente nos preocuparíamos em delimitar os conceitos de inibição e sintoma.
Eles não se originam do mesmo solo. A inibição tem uma relação especial com a função e não significa necessariamente algo patológico, pode-se também chamar de inibição a restrição normal de uma função. Já o sintoma indica a existência de um processo patológico. Portanto, também uma inibição pode ser um sintoma.
A linguagem corrente fala de inibição quando há uma simples diminuição da função, e de sintoma quando se verifica uma inusitada alteração dela ou uma nova manifestação. Muitas vezes parece ser algo arbitrário se enfatizamos o lado negativo ou o lado positivo do processo patológico, se caracterizamos seu resultado como sintoma ou como inibição. Mas isso é realmente desprovido de interesse, e nossa colocação inicial do problema não se revela bastante fecunda.

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Entre os textos do volume 17, aquele considerado mais importante é o ensaio teórico Inibição, sintoma e angústia, em que Freud faz uma revisão do seu conceito de angústia, distingue entre repressão e defesa e diferencia cinco tipos de resistência, entre vários outros temas.
Em O futuro de uma ilusão, que causou controvérsia quando foi publicado, ele reflete sobre a natureza e o destino da religião e faz a apologia da razão como a única via para o conhecimento, no espírito dos iluministas do século XVIII. A questão da análise leiga, escrito em forma de diálogo, é, ao mesmo tempo, uma brilhante exposição da teoria e da prática da psicanálise e uma defesa da autonomia desta em relação à medicina, do seu exercício por terapeutas sem formação médica.
Dos textos menores do volume, merecem destaque “O Fetichismo” e “Dostoiévski e o parricídio”. No primeiro, o fetiche é explicado como um sucedâneo do pênis que o garoto atribui à mulher na infância. O segundo analisa a personalidade do escritor russo com base no “complexo de Édipo”.
Ao descrever fenômenos patológicos, a linguagem corrente diferencia entre sintomas e inibições, mas não dá grande valor a essa distinção. Se não encontrássemos casos de doença que apresentam inibições, mas não sintomas, e se não quiséssemos saber a razão para isso, dificilmente nos preocuparíamos em delimitar os conceitos de inibição e sintoma.
Eles não se originam do mesmo solo. A inibição tem uma relação especial com a função e não significa necessariamente algo patológico, pode-se também chamar de inibição a restrição normal de uma função. Já o sintoma indica a existência de um processo patológico. Portanto, também uma inibição pode ser um sintoma.
A linguagem corrente fala de inibição quando há uma simples diminuição da função, e de sintoma quando se verifica uma inusitada alteração dela ou uma nova manifestação. Muitas vezes parece ser algo arbitrário se enfatizamos o lado negativo ou o lado positivo do processo patológico, se caracterizamos seu resultado como sintoma ou como inibição. Mas isso é realmente desprovido de interesse, e nossa colocação inicial do problema não se revela bastante fecunda.

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