Estranhos À Nossa Porta

Estranhos à Nossa Porta, trata da grave problemática que tem envolvido sobretudo a Europa: a crise migratória. A análise de Bauman sobre o que se convencionou chamar de “crise migratória”, estabelece-se no plano investigativo que foca o fluxo migratório para a Europa como uma grande tragédia que se abateu sobre as populações migrantes.
Nesse processo migratório intenso, Bauman reflete sobre as condicionantes psicológicas que abrem um flanco para o ódio, o medo e a rejeição das populações europeias quanto aos migrantes econômicos e refugiados de guerras, assim como aborda diversos ângulos das agruras e violações (físicas e psicológicas) a que estão sujeitas as populações migrantes no solo europeu “estranho”.


O professor da Universidade de Leeds denuncia logo nas páginas iniciais de Estranhos À Nossa Porta, que as sociedades que se veem inundadas pela grande “onda” migratória são tomadas por uma espécie de “pânico moral”, um sentimento de ameaça ao bem estar da sociedade e ao “sonho” do mundo idealizado pelo liberalismo.
Bauman explica que a fragilidade existencial e a precariedade das condições sociais humanas nos tempos globalizados, insuflada pela competição pelo mercado de trabalho e melhores condições de vida, criam uma profunda incerteza e medo nas sociedades invadidas pelos “estranhos”, que batem a “nossa porta” e a quem se torna mais fácil culpar por todos os males gerados pela conjuntura política e econômica da globalização.
Enquanto assistimos a um enorme salto no contingente de refugiados que batem à porta da Europa em busca de asilo, muros são apressadamente erguidos para evitá-los. Em Estranhos À Nossa Porta, Zygmunt Bauman analisa as origens, os contornos e o impacto do medo de que algo terrível possa ameaçar o bem-estar da sociedade.
O autor disseca o pavor provocado pelas migrações e o processo de desumanização dos recém-chegados. Mostra também como políticos têm explorado os temores e ansiedades que se generalizaram, especialmente entre os que já perderam muito – os excluídos e os pobres.
Muito mais do que uma crise migratória, vivemos uma crise humanitária, afirma Bauman. E a única forma de escapar é rejeitarmos as traiçoeiras tentações da separação, reconhecermos nossa crescente interdependência como espécie e encontrarmos novas formas de convivência em solidariedade e cooperação com aqueles que podem ter opiniões ou preferências diferentes das nossas. Em vez de muros, precisamos construir pontes.

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Nesse processo migratório intenso, Bauman reflete sobre as condicionantes psicológicas que abrem um flanco para o ódio, o medo e a rejeição das populações europeias quanto aos migrantes econômicos e refugiados de guerras, assim como aborda diversos ângulos das agruras e violações (físicas e psicológicas) a que estão sujeitas as populações migrantes no solo europeu “estranho”.
O professor da Universidade de Leeds denuncia logo nas páginas iniciais de Estranhos À Nossa Porta, que as sociedades que se veem inundadas pela grande “onda” migratória são tomadas por uma espécie de “pânico moral”, um sentimento de ameaça ao bem estar da sociedade e ao “sonho” do mundo idealizado pelo liberalismo.
Bauman explica que a fragilidade existencial e a precariedade das condições sociais humanas nos tempos globalizados, insuflada pela competição pelo mercado de trabalho e melhores condições de vida, criam uma profunda incerteza e medo nas sociedades invadidas pelos “estranhos”, que batem a “nossa porta” e a quem se torna mais fácil culpar por todos os males gerados pela conjuntura política e econômica da globalização.
Enquanto assistimos a um enorme salto no contingente de refugiados que batem à porta da Europa em busca de asilo, muros são apressadamente erguidos para evitá-los. Em Estranhos À Nossa Porta, Zygmunt Bauman analisa as origens, os contornos e o impacto do medo de que algo terrível possa ameaçar o bem-estar da sociedade.
O autor disseca o pavor provocado pelas migrações e o processo de desumanização dos recém-chegados. Mostra também como políticos têm explorado os temores e ansiedades que se generalizaram, especialmente entre os que já perderam muito – os excluídos e os pobres.
Muito mais do que uma crise migratória, vivemos uma crise humanitária, afirma Bauman. E a única forma de escapar é rejeitarmos as traiçoeiras tentações da separação, reconhecermos nossa crescente interdependência como espécie e encontrarmos novas formas de convivência em solidariedade e cooperação com aqueles que podem ter opiniões ou preferências diferentes das nossas. Em vez de muros, precisamos construir pontes.

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