
À Queima Roupa
- Comunicação
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A conclusão da história de amor entre Pimenta Neves e Sandra Gomide ficou nacionalmente conhecida: inconformado com o final do namoro, o influente diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, assassinou a ex-namorada com dois tiros a queima roupa.
O homicídio foi o último ato de uma trama que teve inicio alguns anos antes, no momento em que Pimenta assumiu a diretoria da Gazeta Mercantil, o mesmo jornal em que Sandra trabalhava. Após uma entrevista de cinco horas com o ex-diretor e a partir de depoimentos de mais de sessenta fontes na maioria jornalistas que, como ele, conviveram com o casal , Vicente Vilardaga, o único jornalista a entrevistar Pimenta após o crime, faz um resgate histórico do caso, numa narrativa primorosa e afiada. De forma reveladora, À Queima Roupa traça a situação real presente em redações de grandes veículos e o abuso de poder por parte da empresa. E leva o leitor a refletir sobre a que ponto pode chegar a mente de um jornalista que liga para sua própria redação e confessa que acabou de assassinar alguém para garantir o furo da notícia.Era um domingo de agosto do ano 2000. O céu azul se escancarava quase sem nuvens e amanhecia com um delicioso frescor. A temperatura ficava abaixo de 20 graus naquelas horas da manhã e não restavam mais vestígios de neblina nos vales que cercam o Haras Setti, localizado a 14 quilômetros do centro da cidade de Ibiúna, mais ou menos a uma hora de São Paulo. O clima por ali é brando, sem estiagem prolongada, um pouco diferente do que se vê na capital. A secura do ar raramente castiga os pulmões durante o inverno.
A Mata Atlântica e as araucárias que cresciam pela região não existem mais. No lugar das florestas nativas o que mais se vê agora são pinheiros e eucaliptos, pastos e plantações de frutas e hortaliças, além de muitos projetos imobiliários. As serras alongadas que cercam o haras, cheias de reentrâncias suaves e com oscilações que não passam de 200 ou 300 metros de altura, perdem-se no horizonte. São os conhecidos “mar de morros”, ondulações descampadas que parecem, às vezes, estar em movimento. É um terreno ideal para cavalgadas, sem mudanças bruscas de altitude. Quando o vento bate forte e uma leve poeira sobe, cria-se a ilusão de que tudo se mexe.
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