Lusofonia Afro-Brasileira

Entre os domínios da linguística, a psicolinguística é o estudo das hipóteses sobre relações entre a linguagem e as chamadas funções mentais superiores.

Entre os domínios da linguística, a psicolinguística é aquela área interdisciplinar que leva o pesquisador a um exaustivo estudo das hipóteses sobre relações entre a linguagem e as chamadas funções mentais superiores, como percepção, atenção e memória; esta, por exemplo, foi um divisor de água para mim quando, ao ler Bally, em seu Traité de Stylistique Française (1951), descobri que nossa memória retém muito melhor as palavras em grupos (expressões fixas) do que as palavras isoladas.

Um dado que fez grande diferença quando resolvi montar uma série de testes psicolinguísticos a aplicar a africanos lusófonos durante o doutorado em linguística pela UFC. Irei, agora, descrever brevemente os capítulos deste livro que traz apenas dados relativos à primeira bateria de testes psicolinguísticos (off-line) aplicados a estudantes guineenses e cabo-verdianos. No futuro bem próximo, publicizaremos os dados de mais duas baterias de testes.

No capítulo 1, tratamos dos principais conceitos e aportes fraseológicos, com sobretudo os conceitos de fraseologia geral, unidade fraseológica, expressão idiomática e locução verbal. Em seguida, apresentamos as propriedades fraseológicas que estão diretamente relacionadas à pesquisa, a saber: a polilexicalidade, a frequência, a fixação, a idiomaticidade e a convencionalidade.

No capítulo 2, apresentamos os principais conceitos, aportes teóricos e hipóteses psicolinguísticas relacionadas ao processamento fraseológico e no capítulo 3, estudos empíricos relacionados ao tema como os experimentos de Irujo (1986 Flores d’Arcais (1993), Cooper (1999), Crespo e Caceres (2006) e Detry (2010).

No capítulo 4, dedicamos atenção à metodologia da pesquisa em que descrevemos objetivos, geral e específicos, perguntas e hipóteses da pesquisa e nossos primeiros passos metodológicos nos pré-testes aplicados a nativos do PB e não nativos e metodologia final antes de aplicarmos os três experimentos aos 20 sujeitos da pesquisa. Como dissemos, anteriormente, a descrição será apenas de um dos três experimentos com seus respectivos testes.

No Capítulo 5, apresentamos os dados, resultados e discussões relacionados com o experimento psicolinguístico, particularmente as tarefas de identificação fraseológica, memória fraseológica, idiomaticidade fraseológica e a frequência de uso de táticas e estratégias de compreensão idiomática para as expressões matar cachorro a grito e não pagar mico (zoomorfismos); tirar mais água do joelho e pôr a boca no trombone (somatismos); e saber com quantos paus se faz uma canoa e chutar o pau da barraca (botanismos).

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Um dado que fez grande diferença quando resolvi montar uma série de testes psicolinguísticos a aplicar a africanos lusófonos durante o doutorado em linguística pela UFC. Irei, agora, descrever brevemente os capítulos deste livro que traz apenas dados relativos à primeira bateria de testes psicolinguísticos (off-line) aplicados a estudantes guineenses e cabo-verdianos. No futuro bem próximo, publicizaremos os dados de mais duas baterias de testes.

No capítulo 1, tratamos dos principais conceitos e aportes fraseológicos, com sobretudo os conceitos de fraseologia geral, unidade fraseológica, expressão idiomática e locução verbal. Em seguida, apresentamos as propriedades fraseológicas que estão diretamente relacionadas à pesquisa, a saber: a polilexicalidade, a frequência, a fixação, a idiomaticidade e a convencionalidade.

No capítulo 2, apresentamos os principais conceitos, aportes teóricos e hipóteses psicolinguísticas relacionadas ao processamento fraseológico e no capítulo 3, estudos empíricos relacionados ao tema como os experimentos de Irujo (1986 Flores d’Arcais (1993), Cooper (1999), Crespo e Caceres (2006) e Detry (2010).

No capítulo 4, dedicamos atenção à metodologia da pesquisa em que descrevemos objetivos, geral e específicos, perguntas e hipóteses da pesquisa e nossos primeiros passos metodológicos nos pré-testes aplicados a nativos do PB e não nativos e metodologia final antes de aplicarmos os três experimentos aos 20 sujeitos da pesquisa. Como dissemos, anteriormente, a descrição será apenas de um dos três experimentos com seus respectivos testes.

No Capítulo 5, apresentamos os dados, resultados e discussões relacionados com o experimento psicolinguístico, particularmente as tarefas de identificação fraseológica, memória fraseológica, idiomaticidade fraseológica e a frequência de uso de táticas e estratégias de compreensão idiomática para as expressões matar cachorro a grito e não pagar mico (zoomorfismos); tirar mais água do joelho e pôr a boca no trombone (somatismos); e saber com quantos paus se faz uma canoa e chutar o pau da barraca (botanismos).

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