
Como arte-educador sabemos que em arte não existe a possibilidade de imitação da natureza, em que na qual o artista se dispõe para reinterpretá-la.
Por fazermos parte desse grande ciclo da vida que envolve todos os elementos que compõe a natureza, como arte-educador, ensejamos propiciar aos alunos a constatação do potencial poético que envolve as folhas, palhas, sementes e galhos, estimulando o desenvolvimento da conscientização política e ecológica que compõe o campo da investigação.
É com esse intento que a aplicação das possibilidades criativas almejam tornar visíveis as contribuições da comunidade escolar guardadas no imaginário individual de cada envolvido no processo.
Estamos vivendo na atualidade uma época de paradoxos, pois ao mesmo tempo em que nos vemos autossuficientes maior é a nossa necessidade de relacionamentos.
Cabe ainda a convivência diária com situações em que convivemos com catástrofes, desastres e desesperança. Desta forma nos ligamos a tudo que nos proporcione estabilidade, mesmo imagens, saberes e, teorias que nos façam sentido.
Em nossa profissão de educadora de artes observamos tal busca também nos alunos, essas mudanças velozes com que nos deparamos com o advento do consumismo, das tecnologias, e da liberdade desregrada que tudo admite em nome da efêmera felicidade.
Constatamos que existe uma forma de retomada do que já foi experimentado como algo natural, pois toda criança de alguma forma já manuseou folhas e galhos e até mesmo já as utilizou em suas experiências lúdicas no brincar.
Embora os adolescentes sintam-se seduzidos por meio de comunicação global, que os coloca em redes de informações, como é o caso das mídias reveladas pelos celulares, que todos eles tem, muitas vezes do melhor e mais moderno modelo.
Notamos que mesmo com toda essa oferta de informações , os alunos ainda nutrem interesse pelo descomplicado do manusear formas encontradas em meio a natureza que lhes serve de incentivo a criação plástica.
