
Em E-science E Políticas Públicas Para Ciência, Tecnologia E Inovação No Brasil, a autora apresenta o conceito que está relacionado à melhoria e fortalecimento dos laboratórios e grupos de pesquisa como ambientes colaborativos.
Além disso, discute ao longo dos capítulos, questões que dizem respeito a políticas públicas para fomento científico, tecnológico e de inovação e também dos institutos nacionais de ciência e tecnologia, entre outros aspectos.
A intensificação do uso de tecnologias de informação em rede, a ampliação da cooperação internacional, a necessidade de redução de custos e a consolidação da web colaborativa na integração das diversas etapas e contextos de realização de pesquisas científicas ensejou o surgimento de novas formas de se fazer ciência em âmbito internacional.
Tornaram-se perceptíveis as experiências de horizontalização da instância gerativa dos discursos científicos e a paulatina ruptura das fronteiras dos espaços acadêmicos tradicionais com impactos significativos na cultura epistêmica contemporânea.
Assim, expressões como ciência aberta, comunicação direta, humanidades digitais, colaboratório, desenvolvimento sustentável, redes sociais acadêmicas, compartilhamento, repositórios digitais, big data, interoperabilidade e dados científicos abertos tornaram-se cada vez mais frequentes e almejados pela comunidade científica.
Nessas circunstâncias, a e-Science, abordagem que se refere ao termo enhance (melhoria, aprimoramento, intensificação) e ao fortalecimento dos laboratórios e grupos de pesquisa como ambientes digitais colaborativos, surgiu como uma oportunidade de se pensar os novos contextos e práticas científicas.
No Brasil, a infraestrutura necessária à indução dessas novas práticas científicas foi assumida como política pública para a ciência, tecnologia e inovação em 2008.
Nesse sentido, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) consolidou inúmeros institutos de pesquisa multicêntricos orientados à “melhor distribuição nacional da pesquisa científico-tecnológica, e a qualificação do país em áreas prioritárias para o seu desenvolvimento regional e nacional”.
Isso foi possível devido à indução dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).
Em E-science E Políticas Públicas Para Ciência, Tecnologia E Inovação No Brasil, Valdinéia Barreto Ferreira nos brinda com a oportunidade de conhecer os aspectos teóricos e as dimensões sócio-históricas de e-Science, bem como de compreender os meandros, desafios e desdobramentos de se consolidar essa prática científica como política pública nacional.
Acredita-se que o olhar atento em direção às perspectivas internacionais fomentadas pelas novas práticas e a compreensão do papel dos diferentes atores sociais implicados (cientistas, instituições, empresas, mercado consumidor e a instância governamental), instigados por esse trabalho, podem nos auxiliar na condução de uma experiência cidadã no contexto científico.











