Modernização Da Produção De Carvão Vegetal No Brasil

A siderurgia brasileira é a única no mundo a conservar um uso significativo do carvão vegetal como agente termo redutor. No decênio de 2003 a 2012, a indústria siderúrgica brasileira produziu, em média anual, 32,5 milhões de toneladas de ferro-gusa, sendo 9,5 milhões de toneladas obtidos por intermédio do carvão vegetal

como insumo termo redutor do minério de ferro em seus altos fornos. Isto significou uma participação de quase 1/3 (29%) sobre o total de produção de ferro gusa no período.
No contexto da crescente preocupação mundial com a mudança global do clima, essa característica peculiar da siderurgia brasileira torna-se um importante ativo do setor, pois viabiliza uma trajetória de desenvolvimento de baixo carbono que pode significar um diferencial de competitividade para os produtos siderúrgicos brasileiros. Entretanto, para materializar esses benefícios, é necessário promover uma transição para a sustentabilidade de alguns segmentos do setor, garantindo a origem sustentável da matéria-prima e modernizando o processo de carvoejamento, para aumentar a eficiência econômica e a qualidade ambiental do processo.
O Plano Setorial de Reduções de Emissões da Siderurgia a Carvão Vegetal, lançado pelo governo federal em 2010, visa não apenas a promover o cumprimento da meta de redução de emissões assumida voluntariamente no âmbito do Acordo de Copenhague, mas principalmente à modernização da produção do carvão vegetal necessária para consolidar a sustentabilidade da produção do ferro-gusa a carvão vegetal.
Para subsidiar a elaboração do Plano Siderurgia, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) contratou o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em 2009, para realizar estudo sobre o incremento do uso de carvão vegetal renovável na siderurgia brasileira. Esse estudo forneceu elementos fundamentais para a elaboração das estratégias de ação e quantificação dos objetivos do Plano, ao destacar os grandes desafios da siderurgia a carvão vegetal.
O aprofundamento da crise econômica internacional de 2008 e seus significativos impactos sobre o setor siderúrgico como um todo, e sobre os produtores independentes de ferro-gusa em particular, demandaram uma reavaliação dos objetivos quantitativos e das estratégias do Plano Siderurgia.
Além disso, a própria evolução das negociações internacionais de clima, com expectativas de novos compromissos internacionais para o período posterior a 2020, demanda uma revisão do Plano Siderurgia.

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