Oficinas Didáticas Interdisciplinares

O livro Oficinas Didáticas Interdisciplinares convoca-nos a uma negação consistente da separação entre teoria e prática no ato pedagógico.

Em tempos nos quais há uma consciência dos problemas e insuficiências da experiência pedagógica tradicional, consciência esta que há muito permeia o itinerário de formação de professores no Brasil, trazer à luz estratégias didáticas, ao mesmo tempo críticas da referida experiência e propositivas porque indicam caminhos outros, constitui uma das tarefas que se impõem a pesquisadoras e pesquisadores do ensino e, por assim dizer, a educadoras e educadores.

O livro Oficinas Didáticas Interdisciplinares: Teoria, Prática E Reflexão, de Thiago Araújo da Silveira, colhe os frutos dessa consciência e dá o salto necessário ao nos ofertar uma alternativa teórico-prática experimental de ensino-aprendizagem. Nele não é somente exposto o já conhecido diagnóstico da didática tradicional, mas é tão somente sugerida uma expressiva direção pragmática mediante a concepção de Oficina Didática Interdisciplinar.

Ora, mas por que oficina? Para além do sentido comum – oficina como espaço onde se realiza algum tipo de trabalho prático, faz-se ou produz-se algo – , o autor ecoa o significado propriamente educativo desse fenômeno humano como lugar de formação e aprendizagem de um ofício, de uma técnica enquanto um saber-fazer, sendo também o lugar da vivência efetiva desse saber-fazer.

Isso posto, o autor evidencia a tese de acordo com a qual seria da natureza da oficina o caráter unicamente prático, para em seguida problematizá-la, dando-nos a compreender que a teoria permeia e constitui a própria prática no fenômeno das oficinas. Nesta senha acha-se o ponto de inflexão do argumento aqui apresentado, o qual se concretiza na afirmação das oficinas didáticas de caráter interdisciplinar como asseveradoras da relação umbilical entre teoria e prática.

A originalidade do presente trabalho está em, concomitantemente, sinalizar a conexão incontornável entre teoria e prática ligada à oficina enquanto experiência pedagógica e denotar a quebra da ideia de uma exclusividade ou enaltecimento da prática na razão direta do sepultamento da teoria, no interior dessa mesma experiência.

Numa frase, Oficinas Didáticas Interdisciplinares convoca-nos a uma negação consistente da separação entre teoria e prática no ato pedagógico. Essa negação parece-nos justificada e efetivada na proposta das Oficinas Didáticas Interdisciplinares, uma vez que concebe a existência de uma copertença entre prática e teoria (aquela é composta, iluminada e provocada por esta, e vice-versa), passando ao longe de visões cuja ingenuidade as isola, quando as mesmas se encontram numa recíproca constituição.

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O livro Oficinas Didáticas Interdisciplinares convoca-nos a uma negação consistente da separação entre teoria e prática no ato pedagógico.

Em tempos nos quais há uma consciência dos problemas e insuficiências da experiência pedagógica tradicional, consciência esta que há muito permeia o itinerário de formação de professores no Brasil, trazer à luz estratégias didáticas, ao mesmo tempo críticas da referida experiência e propositivas porque indicam caminhos outros, constitui uma das tarefas que se impõem a pesquisadoras e pesquisadores do ensino e, por assim dizer, a educadoras e educadores.

O livro Oficinas Didáticas Interdisciplinares: Teoria, Prática E Reflexão, de Thiago Araújo da Silveira, colhe os frutos dessa consciência e dá o salto necessário ao nos ofertar uma alternativa teórico-prática experimental de ensino-aprendizagem. Nele não é somente exposto o já conhecido diagnóstico da didática tradicional, mas é tão somente sugerida uma expressiva direção pragmática mediante a concepção de Oficina Didática Interdisciplinar.

Ora, mas por que oficina? Para além do sentido comum – oficina como espaço onde se realiza algum tipo de trabalho prático, faz-se ou produz-se algo – , o autor ecoa o significado propriamente educativo desse fenômeno humano como lugar de formação e aprendizagem de um ofício, de uma técnica enquanto um saber-fazer, sendo também o lugar da vivência efetiva desse saber-fazer.

Isso posto, o autor evidencia a tese de acordo com a qual seria da natureza da oficina o caráter unicamente prático, para em seguida problematizá-la, dando-nos a compreender que a teoria permeia e constitui a própria prática no fenômeno das oficinas. Nesta senha acha-se o ponto de inflexão do argumento aqui apresentado, o qual se concretiza na afirmação das oficinas didáticas de caráter interdisciplinar como asseveradoras da relação umbilical entre teoria e prática.

A originalidade do presente trabalho está em, concomitantemente, sinalizar a conexão incontornável entre teoria e prática ligada à oficina enquanto experiência pedagógica e denotar a quebra da ideia de uma exclusividade ou enaltecimento da prática na razão direta do sepultamento da teoria, no interior dessa mesma experiência.

Numa frase, Oficinas Didáticas Interdisciplinares convoca-nos a uma negação consistente da separação entre teoria e prática no ato pedagógico. Essa negação parece-nos justificada e efetivada na proposta das Oficinas Didáticas Interdisciplinares, uma vez que concebe a existência de uma copertença entre prática e teoria (aquela é composta, iluminada e provocada por esta, e vice-versa), passando ao longe de visões cuja ingenuidade as isola, quando as mesmas se encontram numa recíproca constituição.

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