Normalmente, as primeiras impressões que a população urbana tem do meio ambiente vêm dos remanescentes de mata que sobraram, protegidas em Unidades de Conservação, que funcionam como barreira contra às pressões da urbanização.
Consideradas essenciais para conectar as pessoas à natureza, as áreas protegidas urbanas viraram tema de uma publicação da Comissão Mundial de Áreas Protegidas da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), disponibilizada em português.
A publicação Áreas Protegidas Urbanas: Perfis E Diretrizes Para Melhores Práticas é voltada principalmente a gestores e responsáveis por sistemas de áreas protegidas, mas foi escrita em linguagem não técnica, tendo em mente um público mais amplo.
A IUCN entende que pouco se publicou sobre o tema das áreas protegidas urbanas, de modo que este texto irá introduzir uma série de ideias que podem ser novas para gestores de áreas protegidas.
A publicação define o que são áreas protegidas, traça os perfis de áreas como o Royal National Park, na Austrália; Parque Nacional da Tijuca, no Brasil; Hong Kong Country Parks, na China, Área Nacional de Recreação das Montanhas Santa Monica, nos Estados Unidos, entre muitas outras. O texto também aponta diretrizes para melhores práticas desses espaços.
Áreas protegidas urbanas são áreas protegidas situadas dentro ou nos limites de centros populacionais maiores. Elas atendem à definição da UICN.
A Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA, sigla em inglês) da UICN é a principal rede de especialização em áreas protegidas do mundo. É administrada pelo Programa da UICN para Áreas Protegidas e tem mais de 1.400 membros de 140 países.
Como nossas cidades continuam crescendo, não devemos abandonar a proteção de áreas naturais às pressões da urbanização, e sim defender esses lugares, e realmente tentar criar novos espaços para a natureza dentro do tecido urbano – inclusive dentro dos centros das cidades.
Também precisamos tornar a natureza mais acessível às pessoas, fornecendo interpretação e educação, sempre que possível. Conectar as pessoas à natureza deve ser um imperativo para todo o movimento de conservação, e as áreas protegidas urbanas estão bem situadas para fazer isso.