Silenciário

Silenciário reúne poemas produzidos ao longo de quarenta anos de intensa criação do consagrado cineasta, roteirista, escritor e tradutor Sylvio Back.

"Consagrado cineasta, autor, entre outros clássicos do cinema brasileiro, de Lance maior (1968), Aleluia, Gretchen (1976) e Lost Zweig (2003), com 77 láureas nacionais e internacionais, Sylvio Back é também roteirista, contista, tradutor e escritor de longa metragem, com cerca de 25 títulos.

Como poeta, tem-se destacado pela temática erótica, que se inicia com O caderno erótico de Sylvio Back (1986) e vai até Quermesse (2013), reunião de sua poesia libertina, que o coloca como um dos principais cultores hoje do gênero no país. Sem falar que, em 2019, nos daria, nessa mesma linha, para a alegria dos leitores, um sensacional livrinho (falo, ops!, do tamanho físico) de narrativas chamado O himeneu.

Agora o autor nos entrega uma segunda e importante reunião de sua obra poética. Trata-se de Silenciário. Neste volume, encontram-se os livros A maior diversão (inédito, com 36 poemas), Moedas de luz, Yndio do Brasil, Eurus, Traduzir é poetar às avessas (sobre poemas de Langston Hughes) e Kinopoems (sobre o pintor Miguel Bakun e os poetas Cruz e Sousa e Paulo Leminski).

Destaquemos em primeiro lugar o fato de que Sylvio Back pertence a um seleto grupo de cineastas que são também poetas de livro. O mais conhecido talvez seja Pier Paolo Pasolini. Também vale lembrar Jean Cocteau, Alejandro Jodorowsky e Jonas Mekas. Sem esquecer os nossos Glauber Rocha, com Poemas eskolhydos e, lá atrás, Mário Peixoto, com Mundéu, que teve prefácio do poeta Mário de Andrade.

Importa assinalar, em segundo lugar, que Sylvio Back entremostra, em muitos textos, procedimentos que estabelecem forte correlação ou mesmo complementação entre as duas artes, cinema e poesia. Não me refiro a cenas poéticas que um filme possa ter, nem a versos com imagens cinéticas. Refiro-me ao processo de criação do poema, enquanto produção verbal estruturada e específica, com seu grau de tensão e dinamismo, articulado entre os estratos fonorítmico, imagético-visual e semântico-afetivo da linguagem, capaz de provocar a sensibilidade e a imaginação do leitor. Ou seja, a emoção estética.

É o próprio autor quem, aliás, nos adverte sobre isso. No prólogo aos poemas escritos para o documentário Yndio do Brasil, diz que eles “protagonizam uma espécie de ‘outro filme’”, pois “engendraram sua própria espacialidade”. Para por fim indagar se seriam “poemas sem filme ou cenas de poemas? Versos entreouvidos ou fotogramas autofalantes? Poesia audiovisual ou cinema de papel?”."

Adriano Espínola, no prefácil do livro.

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Silenciário reúne poemas produzidos ao longo de quarenta anos de intensa criação do consagrado cineasta, roteirista, escritor e tradutor Sylvio Back.

“Consagrado cineasta, autor, entre outros clássicos do cinema brasileiro, de Lance maior (1968), Aleluia, Gretchen (1976) e Lost Zweig (2003), com 77 láureas nacionais e internacionais, Sylvio Back é também roteirista, contista, tradutor e escritor de longa metragem, com cerca de 25 títulos.

Como poeta, tem-se destacado pela temática erótica, que se inicia com O caderno erótico de Sylvio Back (1986) e vai até Quermesse (2013), reunião de sua poesia libertina, que o coloca como um dos principais cultores hoje do gênero no país. Sem falar que, em 2019, nos daria, nessa mesma linha, para a alegria dos leitores, um sensacional livrinho (falo, ops!, do tamanho físico) de narrativas chamado O himeneu.

Agora o autor nos entrega uma segunda e importante reunião de sua obra poética. Trata-se de Silenciário. Neste volume, encontram-se os livros A maior diversão (inédito, com 36 poemas), Moedas de luz, Yndio do Brasil, Eurus, Traduzir é poetar às avessas (sobre poemas de Langston Hughes) e Kinopoems (sobre o pintor Miguel Bakun e os poetas Cruz e Sousa e Paulo Leminski).

Destaquemos em primeiro lugar o fato de que Sylvio Back pertence a um seleto grupo de cineastas que são também poetas de livro. O mais conhecido talvez seja Pier Paolo Pasolini. Também vale lembrar Jean Cocteau, Alejandro Jodorowsky e Jonas Mekas. Sem esquecer os nossos Glauber Rocha, com Poemas eskolhydos e, lá atrás, Mário Peixoto, com Mundéu, que teve prefácio do poeta Mário de Andrade.

Importa assinalar, em segundo lugar, que Sylvio Back entremostra, em muitos textos, procedimentos que estabelecem forte correlação ou mesmo complementação entre as duas artes, cinema e poesia. Não me refiro a cenas poéticas que um filme possa ter, nem a versos com imagens cinéticas. Refiro-me ao processo de criação do poema, enquanto produção verbal estruturada e específica, com seu grau de tensão e dinamismo, articulado entre os estratos fonorítmico, imagético-visual e semântico-afetivo da linguagem, capaz de provocar a sensibilidade e a imaginação do leitor. Ou seja, a emoção estética.

É o próprio autor quem, aliás, nos adverte sobre isso. No prólogo aos poemas escritos para o documentário Yndio do Brasil, diz que eles “protagonizam uma espécie de ‘outro filme’”, pois “engendraram sua própria espacialidade”. Para por fim indagar se seriam “poemas sem filme ou cenas de poemas? Versos entreouvidos ou fotogramas autofalantes? Poesia audiovisual ou cinema de papel?”.”

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