
A coletânea Dissidências, Alteridades, Poder E Políticas: Antropologias No Plural é o resultado de pesquisas desenvolvidas por autoras(es) integradas(os) às três redes do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural (INCT Brasil Plural ou IBP): “Territorialidades, deslocamentos, paisagens urbanas e populações tradicionais”, “Saúde: práticas locais, experiências e políticas públicas” e “Arte, performance e sociabilidade”.
As(os) autoras(es) desta coletânea passaram a refletir, a criar intercâmbios e a colaborar de modo mais amplo com outras(os) pesquisadoras(es) em colóquios realizados pelo INCT Brasil Plural, em seminários temáticos, nas bancas de defesa de dissertações de mestrado e de teses de doutorado, nos grupos de trabalho e nas mesas redondas dos congressos da Reunião Brasileira de Antropologia e da Reunião de Antropologia da Saúde, entre outros eventos da área e de áreas afins.
As trocas entre pesquisadoras(es) do Brasil Plural e pesquisadoras(es) de outras universidades se concretizaram na organização e na publicação de dossiês temáticos na ACENO – Revista de Antropologia do Centro-Oeste, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFMT, e na revista Amazônica, da UFPA.
Dissidências, Alteridades, Poder E Políticas pretende estabelecer diálogos transversais entre as distintas temáticas e as abordagens que costuram pontos de convergências analíticas e incidem sobre os saberes e as experiências desses coletivos com que as pesquisas antropológicas foram construídas, as quais podem ser conhecidas nos dez artigos desta coletânea.
A intersecção entre as pesquisas está nas singularidades de coletivos sociais que vivenciam situações de dissidências e conflitos atravessados por agenciamentos de gênero, sexualidade e modos de relação. São coletivos que exigem o reconhecimento do Estado como sujeitos de direitos sem se deixar capturar pelo agenciamento estatal que suprime toda a singularidade, encapsulando modos de existência e modos de fazer política em forma de acantonamento identitário.
A ideia subjacente nas reflexões é romper com “os grandes divisores” e evitar a reprodução de fronteiras entre “sociedades complexas” e “sociedades simples”, “campo” e “cidade”, “nós” e “eles”, oposições molares sobre as quais muito já foi escrito, mas não necessariamente rompido.
