Casas E Casos: Sobre Modos De Morar No Nordeste Do Brasil

A Região Nordeste do Brasil detém uma imensa variedade de tipos habitacionais e de modos diferenciados de morar. Palco inicial do processo de colonização português em terras brasileiras, os estados que hoje compõem a região guardam, portanto, uma longa história de tentativas, experiências e adaptações da casa

, entendida aqui em sua mais ampla acepção, e cujos tipos revelam ainda hoje, em determinados casos, resquícios de um passado longínquo. O presente trabalho reúne os resultados das investigações de diferentes autores que discutem alguns dos diferentes tipos de morar no Nordeste do Brasil, do colonial ao moderno. Longe de se pretender exaustivo – afinal, tratar de todos os tipos de casa na região demandaria um trabalho de muito maior fôlego – este livro poderá suscitar, contudo, maior interesse pelo assunto e instigar novos trabalhos dentro dessa rica e complexa temática.
O assunto da casa, como se sabe, tem sido importantíssimo na literatura brasileira. Nem é preciso lembrar o quanto Casa-Grande & Senzala é o livro fundador da explicação da nossa sociedade. A análise inaugural e fundadora de Gilberto Freyre que toma a moradia como ponto de partida foi depois pelo próprio Freyre colocada em dia com os Sobrados e Mocambos e depois com Da Matta retomada para explicar a questão do espaço público e do comportamento da família de classe média no Brasil. Mas essa via tomada pelos antropólogos e arquitetos encontrou relativamente pouco eco entre os arquitetos brasileiros que durante muito tempo privilegiaram uma pesquisa mais preocupada com os aspectos econômicos e construtivos da habitação. É aliás sintomático que o termo habitação ou habitat tenha apagado durante muito tempo a possibilidade de uso do termo casa nos textos das pesquisas dos arquitetos. Os estudos de Carlos Lemos atravessaram como honrosa exceção essa tendência.
Mais recentemente, no entanto, o termo casa retomou seu título de nobreza. No plano internacional, o livro de Witold Rubkcinsky, que foi professor de Teixeira em Montreal, teve, sem dúvida, um papel importante.

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A Região Nordeste do Brasil detém uma imensa variedade de tipos habitacionais e de modos diferenciados de morar. Palco inicial do processo de colonização português em terras brasileiras, os estados que hoje compõem a região guardam, portanto, uma longa história de tentativas, experiências e adaptações da casa, entendida aqui em sua mais ampla acepção, e cujos tipos revelam ainda hoje, em determinados casos, resquícios de um passado longínquo. O presente trabalho reúne os resultados das investigações de diferentes autores que discutem alguns dos diferentes tipos de morar no Nordeste do Brasil, do colonial ao moderno. Longe de se pretender exaustivo – afinal, tratar de todos os tipos de casa na região demandaria um trabalho de muito maior fôlego – este livro poderá suscitar, contudo, maior interesse pelo assunto e instigar novos trabalhos dentro dessa rica e complexa temática.
O assunto da casa, como se sabe, tem sido importantíssimo na literatura brasileira. Nem é preciso lembrar o quanto Casa-Grande & Senzala é o livro fundador da explicação da nossa sociedade. A análise inaugural e fundadora de Gilberto Freyre que toma a moradia como ponto de partida foi depois pelo próprio Freyre colocada em dia com os Sobrados e Mocambos e depois com Da Matta retomada para explicar a questão do espaço público e do comportamento da família de classe média no Brasil. Mas essa via tomada pelos antropólogos e arquitetos encontrou relativamente pouco eco entre os arquitetos brasileiros que durante muito tempo privilegiaram uma pesquisa mais preocupada com os aspectos econômicos e construtivos da habitação. É aliás sintomático que o termo habitação ou habitat tenha apagado durante muito tempo a possibilidade de uso do termo casa nos textos das pesquisas dos arquitetos. Os estudos de Carlos Lemos atravessaram como honrosa exceção essa tendência.
Mais recentemente, no entanto, o termo casa retomou seu título de nobreza. No plano internacional, o livro de Witold Rubkcinsky, que foi professor de Teixeira em Montreal, teve, sem dúvida, um papel importante.

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