A Política De Saúde Mental No Piauí Sob A Égide Da Raps

A Política De Saúde Mental No Piauí Sob A Égide Da Raps nos indica os caminhos dos saberes utilizados na trajetória deste frutífero projeto da RAPS no Piauí.

A política de saúde mental brasileira se tornou referência internacional. Atualmente é considerada como uma das mais importantes experiências de reforma psiquiátrica de todos os tempos. O processo teve início há 40 anos, mais precisamente no final da década de 1970, por ocasião da luta da sociedade brasileira contra a ditadura, por um lado, e por outro, pela construção de um projeto nacional de defesa da cidadania e dos direitos humanos.

Os profissionais de saúde, em especial os jovens psiquiatras, que saíam das universidades para trabalhar nas instituições, ficaram indignados com a violência, o abandono e o descaso que predominavam quando deveria existir assistência, cuidado e tratamento. Mas, imediatamente, os demais profissionais (do serviço social, enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, dentre outros) formaram fileira e construíram a mais potente rede interdisciplinar e Intersetorial no âmbito das políticas públicas.

Naquela época, a partir de uma política de sucateamento das instituições públicas, com a consequente privatização e mercantilização da área da saúde propiciada pelo estado autocrático, chegaram a existir mais de 80 mil “leitos” psiquiátricos.

Acelerado em decorrência da extinção do hospital penitenciário, a experiência piauiense de desinstitucionalização sofreu um impacto absolutamente importante. E a partir de então os múltiplos aspectos da reforma psiquiátrica tomaram corpo: a implantação e qualificação da Rede de Atenção Psicossocial piauiense (RAPS), a atenção primária, o cuidado à família, a questão do cuidado aos adolescentes, e ao cuidado as pessoas que fazem uso abusivo de drogas e redução de danos, sofrimento mental e trabalho, inserção social, residências assistidas, gênero, formação de profissionais, direitos humanos, violência, instituições asilares, assistência a pessoas em conflito com a lei.

São os temas abordados pelas autoras e pelos autores que participam desta belíssima e necessária obra sob a organização, e mais que isso, sobre a liderança conceitual e política de Lucia Cristina dos Santos Rosa, Sofia Laurentino Barbosa Pereira, Ellayne Karoline Bezerra da Silva e Juliana Barbosa Dias Maia.

Esta obra nos indica os caminhos dos saberes utilizados na trajetória deste frutífero, consistente e bem-sucedido projeto da RAPS no Piauí, mas vai além: nos mostra como saber fazer! Mas também aponta os limites e limitações e nos alerta e nos orienta para como continuar, como superar obstáculos e realizar novos avanços.

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A política de saúde mental brasileira se tornou referência internacional. Atualmente é considerada como uma das mais importantes experiências de reforma psiquiátrica de todos os tempos. O processo teve início há 40 anos, mais precisamente no final da década de 1970, por ocasião da luta da sociedade brasileira contra a ditadura, por um lado, e por outro, pela construção de um projeto nacional de defesa da cidadania e dos direitos humanos.

Os profissionais de saúde, em especial os jovens psiquiatras, que saíam das universidades para trabalhar nas instituições, ficaram indignados com a violência, o abandono e o descaso que predominavam quando deveria existir assistência, cuidado e tratamento. Mas, imediatamente, os demais profissionais (do serviço social, enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, dentre outros) formaram fileira e construíram a mais potente rede interdisciplinar e Intersetorial no âmbito das políticas públicas.

Naquela época, a partir de uma política de sucateamento das instituições públicas, com a consequente privatização e mercantilização da área da saúde propiciada pelo estado autocrático, chegaram a existir mais de 80 mil “leitos” psiquiátricos.

Acelerado em decorrência da extinção do hospital penitenciário, a experiência piauiense de desinstitucionalização sofreu um impacto absolutamente importante. E a partir de então os múltiplos aspectos da reforma psiquiátrica tomaram corpo: a implantação e qualificação da Rede de Atenção Psicossocial piauiense (RAPS), a atenção primária, o cuidado à família, a questão do cuidado aos adolescentes, e ao cuidado as pessoas que fazem uso abusivo de drogas e redução de danos, sofrimento mental e trabalho, inserção social, residências assistidas, gênero, formação de profissionais, direitos humanos, violência, instituições asilares, assistência a pessoas em conflito com a lei.

São os temas abordados pelas autoras e pelos autores que participam desta belíssima e necessária obra sob a organização, e mais que isso, sobre a liderança conceitual e política de Lucia Cristina dos Santos Rosa, Sofia Laurentino Barbosa Pereira, Ellayne Karoline Bezerra da Silva e Juliana Barbosa Dias Maia.

Esta obra nos indica os caminhos dos saberes utilizados na trajetória deste frutífero, consistente e bem-sucedido projeto da RAPS no Piauí, mas vai além: nos mostra como saber fazer! Mas também aponta os limites e limitações e nos alerta e nos orienta para como continuar, como superar obstáculos e realizar novos avanços.

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