A Revolução Gramscista No Ocidente: A Concepção Revolucionária De Antônio Gramsci Em Os Cadernos Do Cárcere

Antônio Gramsci (1891-1937), marxista e intelectual italiano, foi na sua mocidade socialista revolucionário e membro do Partido Socialista Italiano, no seio do qual fez sua iniciação ideológica. Ingressando no movimento, desde cedo demonstrou especial vocação para a militância intelectual.


Fez-se imediato simpatizante da revolução bolchevista de 1917. Em dezembro de 1920 participou do congresso que constituiu a fração comunista do Partido Socialista Italiano e já em janeiro de 1921, os delegados dessa facção decidiram fundar o Partido Comunista Italiano, Seção Italiana da Internacional Comunista (III Internacional). Gramsci, um dos fundadores, vem a fazer parte do Comitê Central do recém-criado partido.
Em outubro de 1922, os fascistas chegam ao poder, Mussolini é nomeado Chefe do Gabinete; consequência da “Marcha sobre Roma” e o PCI entra na ilegalidade, ocorrendo a prisão de vários dirigentes do partido; Gramsci se encontrava então em Moscou, escapando de ser detido.
Nos anos de 1923 a 1926, apesar das condições adversas na Itália, Gramsci desenvolveu intensa atividade política no país e na Europa até quando, em novembro de 1926, os fascistas endureceram o regime a pretexto de um alegado atentado contra a vida de Mussolini. Na execução de “Medidas Excepcionais”, Gramsci é preso e processado do que resultou sua condenação a mais de 20 anos de reclusão pelo Tribunal Especial para a Defesa do Estado (Junho de 1928).
Apesar do rigor da Casa Penal de Turi, para onde finalmente fora mandado para cumprimento de pena, o prisioneiro veio a conseguir cela individual (tendo em vista a sua frágil saúde) e recebeu permissão para escrever e fazer leitura regularmente.
A partir dos primeiros meses de 1929, Gramsci começa a redigir suas primeiras notas e apontamentos que vieram a encher, no transcorrer de seis anos, trinta e três cadernos do tipo escolar. Escreveu até 1935, enquanto sua saúde o permitiu.
Não se tratava de um diário, mas de anotações que abrangiam os mais variados assuntos: exercícios de tradução, Filosofia, Sociologia, Política, Pedagogia, Geopolítica, crítica literária e comentários de diversificados temas. O trabalho não segue um esquema prévio, ao contrário, os temas são apresentados fragmentariamente e sem sequência lógica, algumas vezes reescritos ou retomados de forma melhorada e ampliada. Apesar da diversidade das notas, Gramsci guarda grande coerência e manifesta certeza já amadurecida nos seus pontos de vista e conceitos.

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Antônio Gramsci (1891-1937), marxista e intelectual italiano, foi na sua mocidade socialista revolucionário e membro do Partido Socialista Italiano, no seio do qual fez sua iniciação ideológica. Ingressando no movimento, desde cedo demonstrou especial vocação para a militância intelectual.
Fez-se imediato simpatizante da revolução bolchevista de 1917. Em dezembro de 1920 participou do congresso que constituiu a fração comunista do Partido Socialista Italiano e já em janeiro de 1921, os delegados dessa facção decidiram fundar o Partido Comunista Italiano, Seção Italiana da Internacional Comunista (III Internacional). Gramsci, um dos fundadores, vem a fazer parte do Comitê Central do recém-criado partido.
Em outubro de 1922, os fascistas chegam ao poder, Mussolini é nomeado Chefe do Gabinete; consequência da “Marcha sobre Roma” e o PCI entra na ilegalidade, ocorrendo a prisão de vários dirigentes do partido; Gramsci se encontrava então em Moscou, escapando de ser detido.
Nos anos de 1923 a 1926, apesar das condições adversas na Itália, Gramsci desenvolveu intensa atividade política no país e na Europa até quando, em novembro de 1926, os fascistas endureceram o regime a pretexto de um alegado atentado contra a vida de Mussolini. Na execução de “Medidas Excepcionais”, Gramsci é preso e processado do que resultou sua condenação a mais de 20 anos de reclusão pelo Tribunal Especial para a Defesa do Estado (Junho de 1928).
Apesar do rigor da Casa Penal de Turi, para onde finalmente fora mandado para cumprimento de pena, o prisioneiro veio a conseguir cela individual (tendo em vista a sua frágil saúde) e recebeu permissão para escrever e fazer leitura regularmente.
A partir dos primeiros meses de 1929, Gramsci começa a redigir suas primeiras notas e apontamentos que vieram a encher, no transcorrer de seis anos, trinta e três cadernos do tipo escolar. Escreveu até 1935, enquanto sua saúde o permitiu.
Não se tratava de um diário, mas de anotações que abrangiam os mais variados assuntos: exercícios de tradução, Filosofia, Sociologia, Política, Pedagogia, Geopolítica, crítica literária e comentários de diversificados temas. O trabalho não segue um esquema prévio, ao contrário, os temas são apresentados fragmentariamente e sem sequência lógica, algumas vezes reescritos ou retomados de forma melhorada e ampliada. Apesar da diversidade das notas, Gramsci guarda grande coerência e manifesta certeza já amadurecida nos seus pontos de vista e conceitos.

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