História E Identidade Na Pós-Modernidade

História E Identidade Na Pós-Modernidade confronta as variações entre as versões históricas de populações não centrais no arranjo social e a versão oficial.

A Costa dos Murmúrios, 1988, de Lídia Jorge, põe um fato histórico num contexto literário ao narrar a trajetória de Eva Lopo em dois diferentes momentos de sua vida integrados às circunstâncias do conflito em Moçambique pela independência de Portugal.

Esta proposição de Ronaldo de Carvalho Gomes, elaborada com precisão e economia nas escolhas, rigor nos processos e em linguagem acessível, compondo uma leitura que proporciona o prazer da sensação de conversar, frente a frente, com alguém que tem algo curioso a compartilhar, além de um ponto de vista original e devidamente fundamentado, pois a proposição apresentada pelo texto de Gomes expõe o registro da história na literatura pelas jornadas de personagens representativos de grupos sociais marginalizados, que narram o próprio contexto enquanto fatos históricos se constituem.

História E Identidade Na Pós-Modernidade confronta as variações entre as versões históricas de populações não centrais no arranjo social e a versão oficial, que atende a setores dominantes ao confirmar suas perspectivas, zelando por suas intenções.

A fim de demonstrar o argumento, outros exemplos de obras literárias abordando a história são trabalhados, o romance O Nome da Rosa, de Umberto Eco, Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez e A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende, todos expressões de sujeitos cuja realidade apreendida e experimentada está nas franjas das posições políticas e ideológicas centrais: um monge e um noviço dispostos a acessar o conhecimento, a instrução e a reflexão sobre dogmas religiosos; a perspectiva latino-americana do surgimento e do desaparecimento de um povo; a autonomia da mulher na direção de sua vida e das relações que ela estabelecerá com os grupos junto aos quais convive assim como com sua própria descendência.

Empregam-se os conceitos da metaficção histórica, do pósmodernismo, da elaboração da identidade no contexto pós-moderno, a definição de história de Baccega e dos ex-cêntricos de Linda Hutcheon, embasando a demonstração de que a literatura pode ser um lugar em que, por meio de uma proposta criativa, as realidades, os saberes, os traços de sujeitos ex-cêntricos ganham expressão e a devida documentação nos relatos do prosseguimento da humanidade, ou seja, na História.

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Esta proposição de Ronaldo de Carvalho Gomes, elaborada com precisão e economia nas escolhas, rigor nos processos e em linguagem acessível, compondo uma leitura que proporciona o prazer da sensação de conversar, frente a frente, com alguém que tem algo curioso a compartilhar, além de um ponto de vista original e devidamente fundamentado, pois a proposição apresentada pelo texto de Gomes expõe o registro da história na literatura pelas jornadas de personagens representativos de grupos sociais marginalizados, que narram o próprio contexto enquanto fatos históricos se constituem.

História E Identidade Na Pós-Modernidade confronta as variações entre as versões históricas de populações não centrais no arranjo social e a versão oficial, que atende a setores dominantes ao confirmar suas perspectivas, zelando por suas intenções.

A fim de demonstrar o argumento, outros exemplos de obras literárias abordando a história são trabalhados, o romance O Nome da Rosa, de Umberto Eco, Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez e A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende, todos expressões de sujeitos cuja realidade apreendida e experimentada está nas franjas das posições políticas e ideológicas centrais: um monge e um noviço dispostos a acessar o conhecimento, a instrução e a reflexão sobre dogmas religiosos; a perspectiva latino-americana do surgimento e do desaparecimento de um povo; a autonomia da mulher na direção de sua vida e das relações que ela estabelecerá com os grupos junto aos quais convive assim como com sua própria descendência.

Empregam-se os conceitos da metaficção histórica, do pósmodernismo, da elaboração da identidade no contexto pós-moderno, a definição de história de Baccega e dos ex-cêntricos de Linda Hutcheon, embasando a demonstração de que a literatura pode ser um lugar em que, por meio de uma proposta criativa, as realidades, os saberes, os traços de sujeitos ex-cêntricos ganham expressão e a devida documentação nos relatos do prosseguimento da humanidade, ou seja, na História.

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