A Etnopesquisa Crítica E Multirreferencial Nas Ciências Humanas E Na Educação

Roberto Sidnei Macedo - A Etnopesquisa Crítica E Multirreferencial Nas Ciências Humanas E Na Educação

O livro de Roberto Sidnei Macedo A Etnopesquisa Crítica E Multirreferencial Nas Ciências Humanas E Na Educação aborda questões da mais alta relevância no âmbito da pesquisa epistemológica e crítica que tem por foco o saber propriamente humano, a ciência genuinamente humana.

As Ciências Humanas, gestadas no ambiente da racionalidade moderna, tiveram as suas gêneses vinculadas aos critérios e modelos oriundos das ciências físico-matemáticas. O desenvolvimento de uma epistemologia crítica só se tornou possível graças à distância estabelecida em relação a tal modelo.

A esta forma de investigação chamou-se "ciência do espírito", usando uma expressão de Dilthey. Tratava-se de esclarecer e especificar o âmbito propriamente humano da atividade epistemológica, para o qual o "compreender" é o foco intencional e não o "explicar".

A compreensão é própria do comportamento humano, portanto, está sempre implicada com o singular, com a consciência-aí – com a subjetividade. A explicação, por seu lado, é peculiar às ciências da natureza, o que a torna sempre implicada com o "regular", o contínuo, com a consciência-tipo (consciência em si, o conceito geral de uma série regular) – com a objetividade.

Diante dessa aporia entre "explicar" e "compreender", o que importa é o sujeito humano e sua historicidade como ente-espécie. Não se trata, assim, de uma simples negação das ciências da natureza, mas de uma fundação das ciências do espírito.

O argumento de uma tal empresa é a construção antropológica do conhecimento. O caminho é crítico-epistemológico e moral / ético simultaneamente, e isto porque em primeiro lugar localiza o ser do homem a partir de uma consciência interrogante e investigativa, tomando distância das representações já estabelecidas e abrindo-se para o campo das possibilidades contextualmente oferecidas.

Deste modo, o fundamento possível para uma ciência humana de rigor não pode ser o mesmo das ciências da natureza. A exatidão das ciências objetivas não pode ser o fundamento epistemológico das ciências do homem, e é justamente o exercício da consciência crítica que assume a tarefa de elucidar os limites, as possibilidades e as condições do conhecimento humano em todos os seus âmbitos possíveis, prováveis, certos ou verossímeis.

 

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O livro de Roberto Sidnei Macedo A Etnopesquisa Crítica E Multirreferencial Nas Ciências Humanas E Na Educação aborda questões da mais alta relevância no âmbito da pesquisa epistemológica e crítica que tem por foco o saber propriamente humano, a ciência genuinamente humana.

As Ciências Humanas, gestadas no ambiente da racionalidade moderna, tiveram as suas gêneses vinculadas aos critérios e modelos oriundos das ciências físico-matemáticas. O desenvolvimento de uma epistemologia crítica só se tornou possível graças à distância estabelecida em relação a tal modelo.

A esta forma de investigação chamou-se “ciência do espírito”, usando uma expressão de Dilthey. Tratava-se de esclarecer e especificar o âmbito propriamente humano da atividade epistemológica, para o qual o “compreender” é o foco intencional e não o “explicar”.

A compreensão é própria do comportamento humano, portanto, está sempre implicada com o singular, com a consciência-aí – com a subjetividade. A explicação, por seu lado, é peculiar às ciências da natureza, o que a torna sempre implicada com o “regular”, o contínuo, com a consciência-tipo (consciência em si, o conceito geral de uma série regular) – com a objetividade.

Diante dessa aporia entre “explicar” e “compreender”, o que importa é o sujeito humano e sua historicidade como ente-espécie. Não se trata, assim, de uma simples negação das ciências da natureza, mas de uma fundação das ciências do espírito.

O argumento de uma tal empresa é a construção antropológica do conhecimento. O caminho é crítico-epistemológico e moral / ético simultaneamente, e isto porque em primeiro lugar localiza o ser do homem a partir de uma consciência interrogante e investigativa, tomando distância das representações já estabelecidas e abrindo-se para o campo das possibilidades contextualmente oferecidas.

Deste modo, o fundamento possível para uma ciência humana de rigor não pode ser o mesmo das ciências da natureza. A exatidão das ciências objetivas não pode ser o fundamento epistemológico das ciências do homem, e é justamente o exercício da consciência crítica que assume a tarefa de elucidar os limites, as possibilidades e as condições do conhecimento humano em todos os seus âmbitos possíveis, prováveis, certos ou verossímeis.

 

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