Relações Antropológico-Críticas Na Arqueologia De Michel Foucault

O objetivo deste trabalho é o de traçar o percurso arqueológico foucaultiano a partir da sua tese complementar intitulada Gênese e Estrutura da Antropologia de Kant até a publicação de As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas.


Para tanto, iremos buscar compreender a maneira na qual o filósofo problematizou as relações antropológico-críticas, ao longo dessas duas obras, com o objetivo de entendermos o motivo pelo qual Foucault defendeu, em cada uma delas, a tese em favor da necessidade da superação do paradigma antropológico na filosofia através da sua anunciada iminente morte do homem em nossa cultura.
No primeiro capítulo, veremos que o autor, a partir de uma análise minuciosa da trajetória intelectual de Immanuel Kant, defenderá que a Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático não configura a verdadeira elaboração da questão antropológica ao longo da trajetória kantiana, tampouco deveria ser vista como um mero conjunto de observações empíricas desprovida, assim, de qualquer interesse para a compreensão da filosofia crítica.
Mais bem, Foucault defenderá que essa obra responde a uma interrogação antropológica que teria orientado o desenvolvimento de toda a filosofia de Kant, inserindo-a, assim, numa relação estrutural cujo verdadeiro ponto de culminação teria sido o do desenvolvimento dos textos que compões o Opus Postumum kantiano.
À luz das análises aqui desenvolvidas, Foucault vai defender a necessidade de superação do horizonte antropológico predominante nas filosofias pós-kantianas, a fim de não incorrer nas circularidades que ele vê presente em todas as formas de reflexão que procuram encontrar desde a finitude os fundamentos de um conhecimento sobre a própria finitude.
No segundo capítulo, veremos, a partir de nossa leitura sobra As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas, de que maneira Foucault elabora o início de sua investigação acerca de quais foram as condições de possibilidade históricas para o surgimento do conceito de homem, ao mesmo tempo, como sujeito e como objeto de
conhecimento em nossa cultura.

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Para tanto, iremos buscar compreender a maneira na qual o filósofo problematizou as relações antropológico-críticas, ao longo dessas duas obras, com o objetivo de entendermos o motivo pelo qual Foucault defendeu, em cada uma delas, a tese em favor da necessidade da superação do paradigma antropológico na filosofia através da sua anunciada iminente morte do homem em nossa cultura.
No primeiro capítulo, veremos que o autor, a partir de uma análise minuciosa da trajetória intelectual de Immanuel Kant, defenderá que a Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático não configura a verdadeira elaboração da questão antropológica ao longo da trajetória kantiana, tampouco deveria ser vista como um mero conjunto de observações empíricas desprovida, assim, de qualquer interesse para a compreensão da filosofia crítica.
Mais bem, Foucault defenderá que essa obra responde a uma interrogação antropológica que teria orientado o desenvolvimento de toda a filosofia de Kant, inserindo-a, assim, numa relação estrutural cujo verdadeiro ponto de culminação teria sido o do desenvolvimento dos textos que compões o Opus Postumum kantiano.
À luz das análises aqui desenvolvidas, Foucault vai defender a necessidade de superação do horizonte antropológico predominante nas filosofias pós-kantianas, a fim de não incorrer nas circularidades que ele vê presente em todas as formas de reflexão que procuram encontrar desde a finitude os fundamentos de um conhecimento sobre a própria finitude.
No segundo capítulo, veremos, a partir de nossa leitura sobra As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas, de que maneira Foucault elabora o início de sua investigação acerca de quais foram as condições de possibilidade históricas para o surgimento do conceito de homem, ao mesmo tempo, como sujeito e como objeto de
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