Entre A Ordem E O Progresso

Entre A Ordem E O Progresso, de Renato Marinho Brandão Santos, foi inicialmente elaborado como tese de doutorado em Ciências da Educação.

A preocupação sistemática com a Educação Profissional no Brasil é fato que nos remete ao início do século XX, mais especificamente ao ano de 1909. Antes disso, as experiências nesse campo eram esparsas.

Naquele tempo, em 1909, o presidente Nilo Peçanha, inspirado em uma experiência desenvolvida no Rio de Janeiro, estado que governara, criou as Escolas de Aprendizes Artífices, espalhadas pelas capitais dos estados brasileiros. Natal, capital do Rio Grande do Norte, recebeu uma dessas Escolas.

As circunstâncias que envolvem a criação das Escolas são explicáveis: vinte anos após a proclamação da República, o novo regime já se encontrava consolidado, com arranjos bem delineados entre os governos estaduais e o governo federal.

Não havia mais necessidade de se despender tanta energia com pactos que permitissem o funcionamento da engrenagem da República e, ao mesmo tempo, as resistências ao novo regime haviam diminuído significativamente, o que permitia aos dirigentes da República o olhar sobre outras questões.

Uma dessas, muito presente nas reflexões dos dirigentes republicanos, dizia respeito ao que fazer com uma massa de homens denominados de “desfavorecidos da fortuna”, inquietação que se tornou mais intensa após a abolição da escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888.

Essas instituições, que aliavam o ensino primário à formação profissional através de oficinas, eram direcionadas principalmente aos jovens desfavorecidos de fortuna, com o objetivo de tirá-los, segundo argumentação dos dirigentes republicanos, do mundo dos vícios, da vadiagem e dos crimes e, simultaneamente, torná-los cidadãos úteis à nação.

Para tal, deveria se incutir nesses jovens a cultura do trabalho. O labor deveria ser visto como elemento dignificador do homem e da raça, valor essencial para a manutenção da ordem social. Se possível, as Escolas deveriam contribuir ainda para alimentar os anseios da indústria nacional.

Entre A Ordem E O Progresso foi inicialmente elaborado como tese de doutorado em Ciências da Educação, defendida no Instituto de Educação da Universidade do Minho (Braga, Portugal), através de convênio firmado entre o Instituto Federal do Rio Grande do Norte e a referida Universidade.

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Naquele tempo, em 1909, o presidente Nilo Peçanha, inspirado em uma experiência desenvolvida no Rio de Janeiro, estado que governara, criou as Escolas de Aprendizes Artífices, espalhadas pelas capitais dos estados brasileiros. Natal, capital do Rio Grande do Norte, recebeu uma dessas Escolas.

As circunstâncias que envolvem a criação das Escolas são explicáveis: vinte anos após a proclamação da República, o novo regime já se encontrava consolidado, com arranjos bem delineados entre os governos estaduais e o governo federal.

Não havia mais necessidade de se despender tanta energia com pactos que permitissem o funcionamento da engrenagem da República e, ao mesmo tempo, as resistências ao novo regime haviam diminuído significativamente, o que permitia aos dirigentes da República o olhar sobre outras questões.

Uma dessas, muito presente nas reflexões dos dirigentes republicanos, dizia respeito ao que fazer com uma massa de homens denominados de “desfavorecidos da fortuna”, inquietação que se tornou mais intensa após a abolição da escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888.

Essas instituições, que aliavam o ensino primário à formação profissional através de oficinas, eram direcionadas principalmente aos jovens desfavorecidos de fortuna, com o objetivo de tirá-los, segundo argumentação dos dirigentes republicanos, do mundo dos vícios, da vadiagem e dos crimes e, simultaneamente, torná-los cidadãos úteis à nação.

Para tal, deveria se incutir nesses jovens a cultura do trabalho. O labor deveria ser visto como elemento dignificador do homem e da raça, valor essencial para a manutenção da ordem social. Se possível, as Escolas deveriam contribuir ainda para alimentar os anseios da indústria nacional.

Entre A Ordem E O Progresso foi inicialmente elaborado como tese de doutorado em Ciências da Educação, defendida no Instituto de Educação da Universidade do Minho (Braga, Portugal), através de convênio firmado entre o Instituto Federal do Rio Grande do Norte e a referida Universidade.

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