A Sociedade Contra O Social
põe o Brasil numa espécie de divã, submetendo a uma análise crítica o discurso dos brasileiros sobre o país. Renato Janine Ribeiro analisa símbolos da nacionalidade como Ayrton Senna ou as novelas e redescobre as motivações profundas de nossas falhas e defeitos.
A Sociedade Contra O Social, o filósofo Renato Janine Ribeiro define seu compromisso ético convidando o leitor a rever alguns dos principais bordões da nacionalidade. Em doze ensaios, aqui estão Ayrton Senna, Fernando Collor, o real, as novelas de TV, Iracema e os políticos corruptos. Rememorados, mas nunca repetidos, eles são trazidos à consideração para que suas motivações profundas se mostrem e suas fragilidades se tornem mais patentes.
O autor submete a uma análise crítica o discurso dos brasileiros sobre o Brasil, examinando tanto a fala articulada pelo poder político como aquela moldada pelo senso comum – sempre a partir da premissa de que não há inocência nas escolhas verbais. À medida que a prosa fluente de Renato Janine Ribeiro vai retraçando nossas falhas e defeitos, vamos, de certo modo, nos descobrindo pela primeira vez.
A Sociedade Contra O Social é antes de tudo uma chamada concentrada para o papel indispensável que a Filosofia Política pode assumir na análise crítica de sociedades contemporâneas, incluindo-se aí o Brasil.
Ao contrário do estigma de reclusão e contemplação que ronda o intelectual desta área, a filosofia política da qual fala Janine é uma filosofia da atuação, uma filosofia que só ganha significado quando coloca para si a pergunta sobre a ação, quando assume o tom crítico de uma reflexão na qual prepondera, diferentemente do que caracteriza as ciências, a “imaginação’: o “sonho” ou, quem sabe, a “utopia”.
Janine quer falar de uma reflexão na qual se faz permitida a abertura para o novo, para o surgimento de novas ideias, novas discussões e novas realidades…