
Destas trajetórias, o caboclo, tocantinense (ex-goiano), descendente de maranhenses, José Luiz Cirqueira Falcão, baixa no pé do berimbau com Renata de Lima Silva, mulher preta, descendente de negras do Vale do Paraíba, para mais um jogo. Mas que jogo é esse? Nossa reflexão mais geral é SOBRE a capoeira, a partir de nossa experiência COM ela.
Nesse gingado teórico-metodológico abordamos temas como: corpo, identidade, processo de criação histórico-cultural, educação de fundo de quintal e escolarização da malandragem. Essa noções já foram debatidas em artigos publicados anteriormente que aqui encontram-se compilados com as devidas atualizações e, também, discussões inéditas, vinculadas ao projeto A dramaturgia do corpo na capoeira – um processo de criação históricocultural, contemplado pelo Edital Universal de 2018, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
No referido projeto, analisamos a Capoeira Angola como Performance Cultural, síntese de um processo de criação históricocultural, com interfaces entre conceitos que gravitam em torno dos processos de criação próprios das Artes e da construção histórica dos fenômenos da cultura que agem nas Performances Tradicionais.
Neste contexto, as dramaturgias corporais da Capoeira Angola serão analisadas a partir da relação corpo e ancestralidade, tomando como referência, além de nossas experiências, as trajetórias dos mestres João Grande e João Pequeno e alguns outros mestres, mestras e trabalhos da Capoeira Angola na contemporaneidade.
Na esteira desse debate, problematizaremos a noção de escolarização da malandragem, como uma janela da compreensão do processo de transformação sociocultural e performática da capoeira na virada do Século XX para o Século XXI.
Em uma outra via, mas igualmente concentrados na Capoeira Angola, discutiremos sobre as experiências pedagógicas comunitárias desenvolvidas sobretudo entre 2015 e 2020 no Projeto Águas de Menino, situado na região norte de Goiânia-GO. No referido projeto, a Capoeira Angola constitui a temática central, a partir da qual são problematizadas questões étnico-raciais, intergeracionais, de classe e de gênero.











