Algaravia: Discursos De Nação

Algaravia: Discursos De Nação é um ensaio de anacronismo deliberado, pois não busca a nação como forma, mas a nação como processo de metamorfose.

Segunda edição do livro que foi defendido como tese de concurso para a titularidade em Literatura Brasileira, na Universidade Federal de Santa Catarina, 'Algaravia - discursos de nação', como diz o autor, é um ensaio de anacronismo deliberado, pois não busca a nação como forma, mas a nação como processo de metamorfose.

O lado filólogo de Raúl Antelo transparece na paciente transcrição de uma obra fundacional da literatura brasileira, Jerônimo Barbalho Bezerra, o primeiro romance histórico publicado no país, do português Vicente P. de Carvalho Guimarães, autor, também, de A guerra dos emboabas, e que saiu nas páginas do jornal Ostensor Brasileiro (editado pelo próprio Carvalho de Guimarães), entre 1842 e 1845.

Como já mostrara em ensaios sobre modernismo brasileiro e cultura latino-americana, Antelo oferece em Algaravia uma leitura transnacional de nação e sustenta a hipótese de que o discurso de nação se elabora a partir da perda efetiva do território.

Algaravia: Discursos De Nação foi escrito a partir da convicção, nada ingênua, de que a imaginação crítica é uma poderosa máquina simbólica. Nela, marcas, palavras, traços esparsos, significantes, enfim, entram em contato entre si, referem-se mutuamente, saltando literaturas, da portuguesa à brasileira, desta à latino-americana, da oral à letrada e desta, por sua vez, desdobrando-se ainda noutras, traçando cadeias, montagens, idas e voltas, que são espaciais e funcionais mas notadamente temporais. Algaravia é um ensaio de anacronismo deliberado. Não busca a nação como forma, mas a nação como processo de metamorfose.

Raúl Antelo é professor titular de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bacharel em Letras Modernas pela Universidad de Buenos Aires (UBA), e em Língua Portuguesa pelo Instituto Superior del Profesorado en Lenguas Vivas, Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutor em Literatura Brasileira pela mesma instituição.

Dentre as muitas obras de sua autoria, citamos Maria com Marcel: Duchamp nos trópicos (Editora da UFMG, 2010), Algaravia: discursos de nação (Editora da UFSC, 2010), Potências da imagem (Argos, 2004), Antonio Candido y los estudios latinoamericanos (Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, 2001) e Obra Completa de Oliverio Girondo (ALLCA XX – UNESCO, 1999). Atuou como professor visitante em diversas universidades brasileiras e estrangeiras, entre elas as universidades de Leiden (Holanda) e Yale (Estados Unidos). Foi também pesquisador Guggenheim Fellow junto à John Simon Guggenheim Memorial Foundation, nos Estados Unidos. Colaborou com um ensaio no livro Ler Drummond hoje (2014).

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Algaravia: Discursos De Nação é um ensaio de anacronismo deliberado, pois não busca a nação como forma, mas a nação como processo de metamorfose.

Segunda edição do livro que foi defendido como tese de concurso para a titularidade em Literatura Brasileira, na Universidade Federal de Santa Catarina, ‘Algaravia – discursos de nação’, como diz o autor, é um ensaio de anacronismo deliberado, pois não busca a nação como forma, mas a nação como processo de metamorfose.

O lado filólogo de Raúl Antelo transparece na paciente transcrição de uma obra fundacional da literatura brasileira, Jerônimo Barbalho Bezerra, o primeiro romance histórico publicado no país, do português Vicente P. de Carvalho Guimarães, autor, também, de A guerra dos emboabas, e que saiu nas páginas do jornal Ostensor Brasileiro (editado pelo próprio Carvalho de Guimarães), entre 1842 e 1845.

Como já mostrara em ensaios sobre modernismo brasileiro e cultura latino-americana, Antelo oferece em Algaravia uma leitura transnacional de nação e sustenta a hipótese de que o discurso de nação se elabora a partir da perda efetiva do território.

Algaravia: Discursos De Nação foi escrito a partir da convicção, nada ingênua, de que a imaginação crítica é uma poderosa máquina simbólica. Nela, marcas, palavras, traços esparsos, significantes, enfim, entram em contato entre si, referem-se mutuamente, saltando literaturas, da portuguesa à brasileira, desta à latino-americana, da oral à letrada e desta, por sua vez, desdobrando-se ainda noutras, traçando cadeias, montagens, idas e voltas, que são espaciais e funcionais mas notadamente temporais. Algaravia é um ensaio de anacronismo deliberado. Não busca a nação como forma, mas a nação como processo de metamorfose.

Raúl Antelo é professor titular de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bacharel em Letras Modernas pela Universidad de Buenos Aires (UBA), e em Língua Portuguesa pelo Instituto Superior del Profesorado en Lenguas Vivas, Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutor em Literatura Brasileira pela mesma instituição.

Dentre as muitas obras de sua autoria, citamos Maria com Marcel: Duchamp nos trópicos (Editora da UFMG, 2010), Algaravia: discursos de nação (Editora da UFSC, 2010), Potências da imagem (Argos, 2004), Antonio Candido y los estudios latinoamericanos (Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, 2001) e Obra Completa de Oliverio Girondo (ALLCA XX – UNESCO, 1999). Atuou como professor visitante em diversas universidades brasileiras e estrangeiras, entre elas as universidades de Leiden (Holanda) e Yale (Estados Unidos). Foi também pesquisador Guggenheim Fellow junto à John Simon Guggenheim Memorial Foundation, nos Estados Unidos. Colaborou com um ensaio no livro Ler Drummond hoje (2014).

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