Sociedades Do Ódio Ético

Raphael Santos Lapa - Sociedades Do Ódio Ético: Ainda É Importante Pensar O Outro?

Mortes ao vivo na televisão aberta, repressões violentas às manifestações populares e a movimentos sociais, violência explícita e física a LGBTs e praticantes de religiões de matriz africana.

São diversas as violações de direitos humanos comuns de se ouvir diariamente em meios de comunicação ou mesmo na realidade de locais vulnerabilizados em toda América Latina, seja no campo ou na cidade.

A naturalização ética com a qual o ódio e a violência a determinada classe de pessoas se instaurou pode ser visualizada em qualquer análise de diversos comentários, seja nos espaços virtuais ou mesmo em rodas de conversa.

Violência e ódio vistos e elogiados não são somente como necessários, mas também como legítimos e eticamente corretos. Não a toa, toda barbárie é sempre cometida por alguém que acredita ter um forte senso moral interno. É a situação de algumas sociedades em menor ou maior intensidade.

Vivemos, uma alta intensidade desse momento ético em que um grande senso moral coletivo permite as mais diversas violações e a pregação do ódio sob o âmbito de uma ética permissível.

Quando se reflete sobre o tema que envolve a relação entre indivíduo e alteridade, uma observação tanto do cenário contemporâneo quanto de períodos históricos permite-nos uma determinada percepção quanto à indiferença e negação de direitos para com um determinado grupo não pertencente àquele que domina a capacidade de fazer normas ou leis.

Sociedades Do Ódio Ético analisa como se dá o processo de legitimação ética na exclusão de direitos de determinados grupos sociais. Ou seja, como é possível a manutenção de uma coesão social e ética em estados de barbárie.

A construção de sociedades a partir do ódio e da exclusão parece encontrar um fundamento ético muito bem construído e de difícil enfrentamento.

Esse entendimento de construção ética permite-nos reavaliar os fundamentos utilizados para uma teoria de direitos humanos que seja efetivamente crítica e atuante.

A reavaliação de fundamentos se encontra na reflexão acerca das insuficiências que as noções de dignidade da pessoa humana e empatia carregam. De tal forma, repensar os fundamentos é também refletir novamente sobre a importância de pensar o Outro em sociedades onde a exclusão valora a ética.

 

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São diversas as violações de direitos humanos comuns de se ouvir diariamente em meios de comunicação ou mesmo na realidade de locais vulnerabilizados em toda América Latina, seja no campo ou na cidade.

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Violência e ódio vistos e elogiados não são somente como necessários, mas também como legítimos e eticamente corretos. Não a toa, toda barbárie é sempre cometida por alguém que acredita ter um forte senso moral interno. É a situação de algumas sociedades em menor ou maior intensidade.

Vivemos, uma alta intensidade desse momento ético em que um grande senso moral coletivo permite as mais diversas violações e a pregação do ódio sob o âmbito de uma ética permissível.

Quando se reflete sobre o tema que envolve a relação entre indivíduo e alteridade, uma observação tanto do cenário contemporâneo quanto de períodos históricos permite-nos uma determinada percepção quanto à indiferença e negação de direitos para com um determinado grupo não pertencente àquele que domina a capacidade de fazer normas ou leis.

Sociedades Do Ódio Ético analisa como se dá o processo de legitimação ética na exclusão de direitos de determinados grupos sociais. Ou seja, como é possível a manutenção de uma coesão social e ética em estados de barbárie.

A construção de sociedades a partir do ódio e da exclusão parece encontrar um fundamento ético muito bem construído e de difícil enfrentamento.

Esse entendimento de construção ética permite-nos reavaliar os fundamentos utilizados para uma teoria de direitos humanos que seja efetivamente crítica e atuante.

A reavaliação de fundamentos se encontra na reflexão acerca das insuficiências que as noções de dignidade da pessoa humana e empatia carregam. De tal forma, repensar os fundamentos é também refletir novamente sobre a importância de pensar o Outro em sociedades onde a exclusão valora a ética.

 

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