Antropologia E Moral Em L. Feuerbach: Sobre Felicidade E Liberdade

Os últimos anos de produção filosófica de Ludwig Feuerbach são caracterizados por um crescente interesse investigativo em relação a questões metafísicas e morais.


Após a construção de sua crítica à religião, tal como aparece em Das Wesen des Christentums, Feuerbach fundamentará seus pensamentos num horizonte formado pela natureza e sensibilidade. Desse horizonte surgirão as investigações de temas morais, tais como a felicidade, o egoísmo, a vontade e a liberdade. Assim, a moral terá seu pressuposto na antropologia.
No meio acadêmico brasileiro, Feuerbach é conhecido, essencialmente, por sua crítica religiosa, o que pode significar um reducionismo de suas ideias à sua obra magna Das Wesen des Christentums. Entretanto, o autor apresenta uma riqueza de argumentos e forte influência de suas ideias entre os autores do século XIX que ultrapassam os limites de seu texto central. Em seu último período de produção filosófica, Feuerbach oferece importantes reflexões sobre metafísica, antropologia e moral, estabelecendo confrontos com autores idealistas, tais como Leibniz, Kant, Hegel, Fichte, Schopenhauer etc. Esses confrontos representam um importante passo no processo de desenvolvimento do naturalismo e materialismo. Então, frente ao reconhecimento da importância de suas ideias e influência de seu pensamento entre autores dos séculos XIX e XX, o presente texto tem um de seus objetivos voltado à divulgação do período de reflexões morais do autor no meio acadêmico.
O presente livro toma como objeto central de investigações os escritos Spiritualismus und Materialismus, besonders in Beziehung auf die Willensfreiheit e Der Eudämonismus, textos nos quais se desenvolverá a relação entre antropologia e moral à luz das ideias de felicidade e liberdade humana. A leitura de seus textos revela um autor livre, não comprometido com a sistematização lógica de ideias. Por isso, toda tentativa de sistematizar as obras de Feuerbach, ou de organizar suas ideias, pode significar a fuga da essência de seus pensamentos. No entanto, a partir do contato com os textos do filósofo, pode ser percebida uma constante que se amplia da antropologia para a moral.
Essa constante pode ser caracterizada pelo tema da felicidade, considerada como instinto. E a determinação natural do instinto de felicidade nas ações humanas não será um argumento válido apenas para o período de maturidade filosófica de Feuerbach, pois está presente em sua obra como um todo.

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Os últimos anos de produção filosófica de Ludwig Feuerbach são caracterizados por um crescente interesse investigativo em relação a questões metafísicas e morais.
Após a construção de sua crítica à religião, tal como aparece em Das Wesen des Christentums, Feuerbach fundamentará seus pensamentos num horizonte formado pela natureza e sensibilidade. Desse horizonte surgirão as investigações de temas morais, tais como a felicidade, o egoísmo, a vontade e a liberdade. Assim, a moral terá seu pressuposto na antropologia.
No meio acadêmico brasileiro, Feuerbach é conhecido, essencialmente, por sua crítica religiosa, o que pode significar um reducionismo de suas ideias à sua obra magna Das Wesen des Christentums. Entretanto, o autor apresenta uma riqueza de argumentos e forte influência de suas ideias entre os autores do século XIX que ultrapassam os limites de seu texto central. Em seu último período de produção filosófica, Feuerbach oferece importantes reflexões sobre metafísica, antropologia e moral, estabelecendo confrontos com autores idealistas, tais como Leibniz, Kant, Hegel, Fichte, Schopenhauer etc. Esses confrontos representam um importante passo no processo de desenvolvimento do naturalismo e materialismo. Então, frente ao reconhecimento da importância de suas ideias e influência de seu pensamento entre autores dos séculos XIX e XX, o presente texto tem um de seus objetivos voltado à divulgação do período de reflexões morais do autor no meio acadêmico.
O presente livro toma como objeto central de investigações os escritos Spiritualismus und Materialismus, besonders in Beziehung auf die Willensfreiheit e Der Eudämonismus, textos nos quais se desenvolverá a relação entre antropologia e moral à luz das ideias de felicidade e liberdade humana. A leitura de seus textos revela um autor livre, não comprometido com a sistematização lógica de ideias. Por isso, toda tentativa de sistematizar as obras de Feuerbach, ou de organizar suas ideias, pode significar a fuga da essência de seus pensamentos. No entanto, a partir do contato com os textos do filósofo, pode ser percebida uma constante que se amplia da antropologia para a moral.
Essa constante pode ser caracterizada pelo tema da felicidade, considerada como instinto. E a determinação natural do instinto de felicidade nas ações humanas não será um argumento válido apenas para o período de maturidade filosófica de Feuerbach, pois está presente em sua obra como um todo.

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