Gargântua

Gargântua foi publicado por volta de 1534, em pleno Renascimento, após o grande sucesso de Pantagruel, livro de estreia de François Rabelais na literatura. Em Gargântua, ele narra o nascimento do gigante, pai de Pantagruel, bem como seus anos de formação e sua participação em uma violenta guerra que se inicia por motivos nada nobres, como o roubo de algumas fogaças.


No estopim banal de um combate sangrento e prolongado insinua-se uma das novidades que a narrativa de Rabelais oferecia a seu tempo: a relativização de quaisquer idealismos (em relação à religião, ao Estado ou à própria experiência humana), que pautaram a Idade Média, da qual ele era crítico implacável.
Em Gargântua, Rabelais intensifica e aperfeiçoa sátiras e reflexões sobre sua época (já presentes em Pantagruel), obtendo enorme êxito tanto entre nobres e burgueses quanto entre as classes populares, ainda que tenha sofrido censura e perseguições por parte de intelectuais da Universidade Sorbonne e de membros do Parlamento francês.
Embora à primeira vista pareça ser uma obra literária cujo objetivo central é fazer rir, em sua matriz está uma profunda meditação sobre o homem e suas possibilidades no novo mundo que surgia com o Renascimento, configurando-se como um dos marcos desse momento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
Foi justamente na comicidade popular e na quebra de hierarquias da Igreja e do Estado que Rabelais encontrou a matéria central para compor seu Gargântua, cujo espírito de liberdade ia ao encontro das ideias do humanismo, nas quais o riso assumia lugar central, sendo uma das formas pelas quais a verdade podia se exprimir. Hipócrates, Luciano e Aristóteles, autores da Antiguidade que influenciaram Rabelais, consideravam o riso uma das singularidades humanas, uma vez que, segundo Aristóteles, o “homem é o único ser vivente que ri”.
O nascimento de Gargântua – episódio que abre o livro, em que há abundância de comida e bebida, sem nenhuma restrição de linguagem nem separação entre o alto (espírito) e o baixo (corpo) – apresenta ao leitor o universo festivo que tomará conta de toda a narrativa.

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Gargântua foi publicado por volta de 1534, em pleno Renascimento, após o grande sucesso de Pantagruel, livro de estreia de François Rabelais na literatura. Em Gargântua, ele narra o nascimento do gigante, pai de Pantagruel, bem como seus anos de formação e sua participação em uma violenta guerra que se inicia por motivos nada nobres, como o roubo de algumas fogaças.
No estopim banal de um combate sangrento e prolongado insinua-se uma das novidades que a narrativa de Rabelais oferecia a seu tempo: a relativização de quaisquer idealismos (em relação à religião, ao Estado ou à própria experiência humana), que pautaram a Idade Média, da qual ele era crítico implacável.
Em Gargântua, Rabelais intensifica e aperfeiçoa sátiras e reflexões sobre sua época (já presentes em Pantagruel), obtendo enorme êxito tanto entre nobres e burgueses quanto entre as classes populares, ainda que tenha sofrido censura e perseguições por parte de intelectuais da Universidade Sorbonne e de membros do Parlamento francês.
Embora à primeira vista pareça ser uma obra literária cujo objetivo central é fazer rir, em sua matriz está uma profunda meditação sobre o homem e suas possibilidades no novo mundo que surgia com o Renascimento, configurando-se como um dos marcos desse momento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
Foi justamente na comicidade popular e na quebra de hierarquias da Igreja e do Estado que Rabelais encontrou a matéria central para compor seu Gargântua, cujo espírito de liberdade ia ao encontro das ideias do humanismo, nas quais o riso assumia lugar central, sendo uma das formas pelas quais a verdade podia se exprimir. Hipócrates, Luciano e Aristóteles, autores da Antiguidade que influenciaram Rabelais, consideravam o riso uma das singularidades humanas, uma vez que, segundo Aristóteles, o “homem é o único ser vivente que ri”.
O nascimento de Gargântua – episódio que abre o livro, em que há abundância de comida e bebida, sem nenhuma restrição de linguagem nem separação entre o alto (espírito) e o baixo (corpo) – apresenta ao leitor o universo festivo que tomará conta de toda a narrativa.

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