![Democracia Fraturada é um livro que apresenta uma lógica e coerência. E, ao mesmo tempo, se justifica pela ousadia reflexiva!](https://i0.wp.com/livrandante.com.br/wp-content/uploads/2020/07/democracia-fraturada.jpg?resize=205%2C280&ssl=1)
Um relato histórico de uma recente agressão aos direitos políticos? Um registro, em forma ensaística, sobre um golpe à democracia? Uma crônica ao modo jornalístico hispânico? Ou um documentário textual?
Para quem lê, em prima mano, Democracia Fraturada a partir desta modesta apresentação, qualquer que seja a caracterização estrutural que se ouse fazer a respeito do formato editorial, está valendo.
E, nas variadas percepções narrativas, Democracia Fraturada é um livro que apresenta uma lógica e coerência. E, ao mesmo tempo, se justifica pela ousadia reflexiva!
Por vezes, na investigação acadêmica, é preciso ousar. E nas ciências sociais, por exemplo, ir além da descrição supostamente isenta de relatos que ilustram acontecimentos próximos e pertinentes a narrativas dos milhões de atingidos.
Em tempos de golpes e flagrantes desrespeitos à vida democrática, não basta incorporar esforços de modelos de disciplinas seculares. Não se trata de assumir estrutura discursiva (em primeira pessoa, no singular ou plural), mas de tomar posições, em especial quando a desigualdade aumenta em todos os espaços e situações a tal ponto que nem mesmo os grupos de mídia “negociados” conseguem esconder.
Ao apresentar – por uma perspectiva autoral assumida – “A Derrubada De Dilma Rousseff, A Prisão De Lula E A Imprensa No Brasil”, como informa o subtítulo, o professor, pesquisador Pedro Nunes Filho descreve e analisa, de fato, e sem metáforas, o que foi e representa o golpe que a “velha” mídia noticiou, a partir de uma narrativa desigual, interessada e negociada para construir o que ficou publicamente marcado como um “golpe à democracia”.
Em uma estrutura narrativa de três partes, Pedro Nunes aponta “sete protagonistas representativos” que articulam e efetivam a série de atos que levam ao golpe: “Manifestações de Junho, protagonista de cunho coletivo com marcas indiciais que contextualizam e culminam no golpe em si”, além dos protagonistas do campo político (o ex-senador Aécio Neves e o ex-deputado federal Eduardo Cunha) que representam as Casas legislativas (Câmara e Senado).
Na segunda parte, o autor caracteriza o “protagonismo político-narcísico do ex-juiz Sergio Moro”, condutor da Operação Lava Jato, “as articulações programadas com a imprensa” e as “ações persecutórias direcionadas ao seu réu preferido: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz.
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Uma resposta
Muito bom? Gostei, parabns,