A Fragmentação Do Espaço No Recife

O objetivo é apontar as nuances da fragmentação do espaço no Recife com base em pesquisa teórica, histórico-geográfica e no estudo da vida "entre-muros".

O debate público e a ação conjunta de novos ativismos urbanos têm posto o espaço e o planejamento urbanos em evidência, fazendo reacender a necessidade de se pensar em caminhos para a construção de cidades mais democráticas. Contudo, as leituras mais difundidas da realidade urbana periférica, e mesmo aquelas cuja validade científica é inegável, ainda não são capazes de apontar caminhos à transformação da realidade urbana subdesenvolvida, sobretudo frente ao quadro de fragmentação que se estabelece de forma crescente.

Neste sentido, torna-se cada vez mais urgente a reelaboração de leituras críticas sobre a cidade, alinhadas à toda tradição crítica dos estudos urbanos, que permitam conhecer as raízes dos problemas, bem como os caminhos para uma verdadeira transformação urbana.

Este livro sintetiza as principais ideias contidas em minha tese de doutoramento, cujo objetivo foi apontar as nuances da fragmentação do espaço no Recife com base em pesquisa teórica, histórico-geográfica e no estudo da "vida entre-muros", isto é, do cotidiano daqueles cujo sentimento do medo tem sido o principal afeto estruturador de sua sociabilidade.

Pretendemos, assim, juntar elementos para a construção de uma leitura crítica da realidade urbana desta cidade, demonstrando que o caráter morfologicamente insular sobre o qual a cidade inicialmente se edificou permaneceu no transcurso dos anos, assumindo, então, o que estamos chamando de “insularidade social".

Nossa intenção foi contribuir à construção de uma leitura crítica da realidade urbana do Recife, com base no conceito de fragmentação. Os argumentos dessa leitura foram desenvolvidos em três capítulos. Um primeiro em que buscamos, por um viés histórico-materialista, refletir sobre os processos de valorização, consumo, produção e reprodução do espaço, bem como o de diferenciação espacial, considerando também o papel dos valores sociais subjetivos.

No segundo capítulo tentamos responder como tem se dado o processo de fragmentação do espaço no Recife. Para tanto, lançamos mão de alguns dados históricos, muitos dos quais tratados sob viés teórico, na tentativa de entender as bases fundamentais da produção do espaço da cidade, os seus atuais vetores e o papel do planejamento urbano. No terceiro e último capítulo, desenvolvemos um sucinto estudo de caso, buscando atestar a construção teórica arrolada nos dois primeiros.

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O objetivo é apontar as nuances da fragmentação do espaço no Recife com base em pesquisa teórica, histórico-geográfica e no estudo da vida "entre-muros".

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Neste sentido, torna-se cada vez mais urgente a reelaboração de leituras críticas sobre a cidade, alinhadas à toda tradição crítica dos estudos urbanos, que permitam conhecer as raízes dos problemas, bem como os caminhos para uma verdadeira transformação urbana.

Este livro sintetiza as principais ideias contidas em minha tese de doutoramento, cujo objetivo foi apontar as nuances da fragmentação do espaço no Recife com base em pesquisa teórica, histórico-geográfica e no estudo da “vida entre-muros”, isto é, do cotidiano daqueles cujo sentimento do medo tem sido o principal afeto estruturador de sua sociabilidade.

Pretendemos, assim, juntar elementos para a construção de uma leitura crítica da realidade urbana desta cidade, demonstrando que o caráter morfologicamente insular sobre o qual a cidade inicialmente se edificou permaneceu no transcurso dos anos, assumindo, então, o que estamos chamando de “insularidade social”.

Nossa intenção foi contribuir à construção de uma leitura crítica da realidade urbana do Recife, com base no conceito de fragmentação. Os argumentos dessa leitura foram desenvolvidos em três capítulos. Um primeiro em que buscamos, por um viés histórico-materialista, refletir sobre os processos de valorização, consumo, produção e reprodução do espaço, bem como o de diferenciação espacial, considerando também o papel dos valores sociais subjetivos.

No segundo capítulo tentamos responder como tem se dado o processo de fragmentação do espaço no Recife. Para tanto, lançamos mão de alguns dados históricos, muitos dos quais tratados sob viés teórico, na tentativa de entender as bases fundamentais da produção do espaço da cidade, os seus atuais vetores e o papel do planejamento urbano. No terceiro e último capítulo, desenvolvemos um sucinto estudo de caso, buscando atestar a construção teórica arrolada nos dois primeiros.

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