A Casa Do Silêncio

Em uma residência luxuosa, porém envelhecida pelo tempo, localizada em um vilarejo no litoral turco, habitado por pescadores, Fatma, uma viúva de quase 90 anos, vive com o serviçal Recep, um anão de 55 anos que deseja acima de tudo ser respeitado e aceito pelas pessoas.

A idosa é uma pessoa difícil; trata o criado, na verdade filho bastardo de seu marido, com desprezo e preconceito, embora tenha consciência de que seria difícil viver sem seus cuidados.
Agora ela precisa dele mais do que nunca, pois aguarda pela vinda de seus netos, os quais a visitam uma vez por ano. Faruk é um historiador mal-sucedido. Ele é viciado no álcool como seu pai e o avô. Nilgün é uma jovem de intensa sensibilidade, militante de esquerda, mas não consegue perceber os riscos que enfrenta por sua postura política radical. Metin é um adolescente fascinado pelos ideais consumistas cultivados na América do Norte, onde ele sonha viver.
Fatma está doente e passa o tempo compartilhando sofrimentos e lembranças do passado com Recep. Mas teme que o anão revele aos netos um mistério de sua existência que pode provocar a rejeição deles. Este universo intrincado é abalado pela visita do sobrinho de Recep, Hasan, um arraigado militante de direita. A presença deste nacionalista na casa provoca o desencadear de um acontecimento funesto que pode enredar o clã familiar na convulsão política que resulta da luta dos turcos para encontrar a modernidade.
A narrativa em primeira pessoa, mutável a cada capítulo, permite que cada personagem manifeste sua forma de ser, seus ideais, e assim, do âmago de sua alteridade, representam os diferentes grupos sociais em confronto na Turquia em seu processo de modernização.
A Turquia que Orhan apresenta revela características variadas e peculiares na esfera sócio-política, sem qualquer clichê. Esta obra, escrita pelo autor quando ainda era jovem, foi lançada originalmente no começo da década de 80. Ela espelha a tormenta política atravessada por esse país no período que vai de 1980 a 1983, quando foi dominado pelos militares. Naquela época a Turquia se tornou um elemento-chave no jogo da Guerra Fria. Esse contexto está amplamente presente neste livro.

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Em uma residência luxuosa, porém envelhecida pelo tempo, localizada em um vilarejo no litoral turco, habitado por pescadores, Fatma, uma viúva de quase 90 anos, vive com o serviçal Recep, um anão de 55 anos que deseja acima de tudo ser respeitado e aceito pelas pessoas. A idosa é uma pessoa difícil; trata o criado, na verdade filho bastardo de seu marido, com desprezo e preconceito, embora tenha consciência de que seria difícil viver sem seus cuidados.
Agora ela precisa dele mais do que nunca, pois aguarda pela vinda de seus netos, os quais a visitam uma vez por ano. Faruk é um historiador mal-sucedido. Ele é viciado no álcool como seu pai e o avô. Nilgün é uma jovem de intensa sensibilidade, militante de esquerda, mas não consegue perceber os riscos que enfrenta por sua postura política radical. Metin é um adolescente fascinado pelos ideais consumistas cultivados na América do Norte, onde ele sonha viver.
Fatma está doente e passa o tempo compartilhando sofrimentos e lembranças do passado com Recep. Mas teme que o anão revele aos netos um mistério de sua existência que pode provocar a rejeição deles. Este universo intrincado é abalado pela visita do sobrinho de Recep, Hasan, um arraigado militante de direita. A presença deste nacionalista na casa provoca o desencadear de um acontecimento funesto que pode enredar o clã familiar na convulsão política que resulta da luta dos turcos para encontrar a modernidade.
A narrativa em primeira pessoa, mutável a cada capítulo, permite que cada personagem manifeste sua forma de ser, seus ideais, e assim, do âmago de sua alteridade, representam os diferentes grupos sociais em confronto na Turquia em seu processo de modernização.
A Turquia que Orhan apresenta revela características variadas e peculiares na esfera sócio-política, sem qualquer clichê. Esta obra, escrita pelo autor quando ainda era jovem, foi lançada originalmente no começo da década de 80. Ela espelha a tormenta política atravessada por esse país no período que vai de 1980 a 1983, quando foi dominado pelos militares. Naquela época a Turquia se tornou um elemento-chave no jogo da Guerra Fria. Esse contexto está amplamente presente neste livro.

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