Subjetividade, Alteridade E Transcendência Na Filosofia Contemporânea

O livro Subjetividade, Alteridade E Transcendência Na Filosofia Contemporânea visa trazer à baila a contribuição de alguns filósofos contemporâneos.

Em uma entrevista a Emmanuel Lévinas, na qual emerge a temática sobre o “nascimento do sujeito”, François Poirié afirma que a filosofia levinasiana é caracterizada como movimento que rompe a neutralidade do ser, em geral, e o anonimato do há (il y a). Segundo Poirié, trata-se de um movimento que irrompe da busca de sentido – numa “tentativa de escapar ao não-senso” – e conduz para outrem, a partir de três elementos essenciais: a afirmação de uma subjetividade responsável, a irredutibilidade da alteridade de outrem e o primado da ética.

Imbuídos dessa consideração inicial e desse movimento para além do silêncio murmurante do “há” (il y a), consideramos o sentido da subjetividade acolhendo outrem, fazendo-se hospitalidade responsável em Lévinas e que tem ressonâncias nos demais autores do presente volume.

Nesse sentido, a temática em questão é um apelo ao acolhimento das “diferenças”, sejam estas oriundas dos movimentos migratórios, como temos assistido nos últimos anos em vários países, sobretudo europeus, sejam oriundas movimentos dos grupos e/ou das comunidades indígenas e também afro-descendentes na América Latina que sofrem as consequências do fechamento dos poderes políticos que tendem cada vez mais ao pensamento do “Mesmo”, desconsiderando as alteridades e as diversidades culturais, socias e étnicas.

Subjetividade, alteridade e transcendência são temas de grande relevância na contemporaneidade justamente porque, à sombra da Modernidade, urge repensá-los não mais em função do indivíduo moderno e soberano, mas em torno dos “imprevistos” que a própria História trouxe para âmago do século XX. Em função desse drama que afeta nossa civilização, o presente livro visa trazer à baila a contribuição de alguns filósofos contemporâneos – Emmanuel Lévinas, Michel Henry, Franz Rosenzweig e Maurice Blanchot – levando-se em conta que, cada qual a seu modo, permite (re)ssignificar e (re)articular as temáticas em questão.

Revisitar, portanto, o sentido da subjetividade, da alteridade e da transcendência, na Filosofia Contemporânea, torna-se uma tarefa exigente, pois implica também numa redescoberta do sentido de uma “Filosofia da corporeidade” que seja capaz não só de pensar, mas também de sentir o “outro” na sua estranheza e na sua transcendência. Eis a contribuição deste livro, que parte da generosidade do Rosto como palavra dada ao outro, corpos-signos de outrem dados à relação.

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O livro Subjetividade, Alteridade E Transcendência Na Filosofia Contemporânea visa trazer à baila a contribuição de alguns filósofos contemporâneos.

Em uma entrevista a Emmanuel Lévinas, na qual emerge a temática sobre o “nascimento do sujeito”, François Poirié afirma que a filosofia levinasiana é caracterizada como movimento que rompe a neutralidade do ser, em geral, e o anonimato do há (il y a). Segundo Poirié, trata-se de um movimento que irrompe da busca de sentido – numa “tentativa de escapar ao não-senso” – e conduz para outrem, a partir de três elementos essenciais: a afirmação de uma subjetividade responsável, a irredutibilidade da alteridade de outrem e o primado da ética.

Imbuídos dessa consideração inicial e desse movimento para além do silêncio murmurante do “há” (il y a), consideramos o sentido da subjetividade acolhendo outrem, fazendo-se hospitalidade responsável em Lévinas e que tem ressonâncias nos demais autores do presente volume.

Nesse sentido, a temática em questão é um apelo ao acolhimento das “diferenças”, sejam estas oriundas dos movimentos migratórios, como temos assistido nos últimos anos em vários países, sobretudo europeus, sejam oriundas movimentos dos grupos e/ou das comunidades indígenas e também afro-descendentes na América Latina que sofrem as consequências do fechamento dos poderes políticos que tendem cada vez mais ao pensamento do “Mesmo”, desconsiderando as alteridades e as diversidades culturais, socias e étnicas.

Subjetividade, alteridade e transcendência são temas de grande relevância na contemporaneidade justamente porque, à sombra da Modernidade, urge repensá-los não mais em função do indivíduo moderno e soberano, mas em torno dos “imprevistos” que a própria História trouxe para âmago do século XX. Em função desse drama que afeta nossa civilização, o presente livro visa trazer à baila a contribuição de alguns filósofos contemporâneos – Emmanuel Lévinas, Michel Henry, Franz Rosenzweig e Maurice Blanchot – levando-se em conta que, cada qual a seu modo, permite (re)ssignificar e (re)articular as temáticas em questão.

Revisitar, portanto, o sentido da subjetividade, da alteridade e da transcendência, na Filosofia Contemporânea, torna-se uma tarefa exigente, pois implica também numa redescoberta do sentido de uma “Filosofia da corporeidade” que seja capaz não só de pensar, mas também de sentir o “outro” na sua estranheza e na sua transcendência. Eis a contribuição deste livro, que parte da generosidade do Rosto como palavra dada ao outro, corpos-signos de outrem dados à relação.

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