Povos Originários E Comunidades Tradicionais Vol. III

Povos Originários, Comunidades Tradicionais deve ser lido, confrontado e refletido, como um trabalho coletivo de um extremo valor.

O pertencer a uma comunidade envolve o “comuneiro”, ou o “comunitário”, em uma estrada de mão-dupla. Se de um lado ela oferece uma alternativa de vida centrada em relações interativas estabelecidas sobre o valor-pessoa, de outra parte ela cobra de seus integrantes uma rígida, prescrita, ou mais aberta, mutável e consensual submissão a uma gramática de conduta relacional e de construção de identidades.

Ora, é justamente diante da ameaça de tender a perder o seu valor, como uma palavra original e assertiva, quase sempre associada a diferentes qualificadores, que um livro como Povos Originários, Comunidades Tradicionais, em seu volume 3, deve ser lido, confrontado e refletido, como um trabalho coletivo (logo, também comunitário) de um extremo valor.

Em primeiro lugar porque, a seu modo e em suas dimensões, ele é um “livro comunitário”. Escrito a várias mãos (e mentes), e quase sempre a partir de trabalhos de campo, este livro traz a comunidade para o seu verdadeiro e “originário” chão, ou, se quisermos, território.

E não apenas territórios geográficos, como a imensa (e sofrida) Amazônia, mas amplos e diferenciados territórios, como os que vão de identidades e de culturas de povos originários até os difíceis territórios que são os corpos, os espíritos e as redes e teias, que de um par de amantes até gerações de homens e de mulheres.

Mundos sociais ainda hoje marcados por racismos, machismos, sexismos da sociedade pós-moderna. Lastimáveis palavras e perversos atos que suportam imaginários e ações que há bastante séculos deveriam inexistir entre nós.

Palavras como “luta” e “resistência” habitam este livro.

E é bem o caso de perguntarmos: como e por que? Que mundo é este, tão ainda perversamente social e desigualmente societário, tão ainda pouco atravessado pelo melhor espírito do que deveria ser a “comunidade humana”, em que pessoas, entre indígenas, negros quilombolas, povos da floresta, camponeses, e outras e outros mais, precisam ainda se armar de palavras e de gestos de resistência e de insurgência, ora em nome da natureza, ora em nome das pessoas que habitam os seus ambientes, para resguardarem em comunidades originárias e tradicionais.

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Povos Originários, Comunidades Tradicionais deve ser lido, confrontado e refletido, como um trabalho coletivo de um extremo valor.

O pertencer a uma comunidade envolve o “comuneiro”, ou o “comunitário”, em uma estrada de mão-dupla. Se de um lado ela oferece uma alternativa de vida centrada em relações interativas estabelecidas sobre o valor-pessoa, de outra parte ela cobra de seus integrantes uma rígida, prescrita, ou mais aberta, mutável e consensual submissão a uma gramática de conduta relacional e de construção de identidades.

Ora, é justamente diante da ameaça de tender a perder o seu valor, como uma palavra original e assertiva, quase sempre associada a diferentes qualificadores, que um livro como Povos Originários, Comunidades Tradicionais, em seu volume 3, deve ser lido, confrontado e refletido, como um trabalho coletivo (logo, também comunitário) de um extremo valor.

Em primeiro lugar porque, a seu modo e em suas dimensões, ele é um “livro comunitário”. Escrito a várias mãos (e mentes), e quase sempre a partir de trabalhos de campo, este livro traz a comunidade para o seu verdadeiro e “originário” chão, ou, se quisermos, território.

E não apenas territórios geográficos, como a imensa (e sofrida) Amazônia, mas amplos e diferenciados territórios, como os que vão de identidades e de culturas de povos originários até os difíceis territórios que são os corpos, os espíritos e as redes e teias, que de um par de amantes até gerações de homens e de mulheres.

Mundos sociais ainda hoje marcados por racismos, machismos, sexismos da sociedade pós-moderna. Lastimáveis palavras e perversos atos que suportam imaginários e ações que há bastante séculos deveriam inexistir entre nós.

Palavras como “luta” e “resistência” habitam este livro.

E é bem o caso de perguntarmos: como e por que? Que mundo é este, tão ainda perversamente social e desigualmente societário, tão ainda pouco atravessado pelo melhor espírito do que deveria ser a “comunidade humana”, em que pessoas, entre indígenas, negros quilombolas, povos da floresta, camponeses, e outras e outros mais, precisam ainda se armar de palavras e de gestos de resistência e de insurgência, ora em nome da natureza, ora em nome das pessoas que habitam os seus ambientes, para resguardarem em comunidades originárias e tradicionais.

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