A Novela Do Curioso Impertinente

A novela do curioso impertinente encontra-se entre os capítulos 33 e 35 da primeira parte da famosa obra Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes, e publicada no ano de 1605, na Espanha, sendo o seu título original El ingenioso hidalgo Don Quijote de La Mancha (O engenhoso fidalgo Dom Quixote da Mancha).

Dom Quixote foi um sucesso imediato e arrebatador. A segunda parte da obra foi publicada em 1615, um ano antes da morte de Cervantes. A obra completa tem 126 capítulos, e continua sendo publicada em todos os idiomas, países e continentes. Em 2002, uma comissão formada por autores, editores e intelectuais de todo o mundo concluiu que Dom Quixote é a melhor obra literária já escrita. Por suas inovações narrativas, entre as quais se destacam a intertextualidade, a alternância de narradores e o estabelecimento de protagonistas dotados de subjetividade e ideais, Dom Quixote é considerado o texto fundador da literatura ocidental moderna.
O romance segue as aventuras de Dom Alonso Quijano, um fidalgo com cerca de 50 anos, que de tanto ler livros de cavalaria perde o juízo e decide tornar-se um cavaleiro andante sob o nome de Dom Quixote. Para a grande aventura de livrar o mundo das injustiças, ele recruta Sancho Pança, um ingênuo e materialista lavrador, que aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar. Quixote, enlouquecido e obcecado, torna-se, aparentemente, um idealista fora do seu tempo, pois a cavalaria já não existia mais como o símbolo da arte da guerra tal como aparecia nos livros cujos heróis ele queria imitar. No começo do século XVII o mundo era movido pela expansão comercial, pelas finanças, pelas grandes navegações, pelo desenvolvimento das ciências e pelo uso da pólvora para guerrear.
Cervantes quando criou Sancho Pança para ser o escudeiro de Dom Quixote, criou também a maior dupla de personagens da literatura universal, transformando um romance de aventuras cômicas numa densa comédia de caráter. Entre eles surge uma complexa relação afetiva com todos os ingredientes de amor, ódio e reparação desenvolvidos ao longo de conversas, discussões e disputas. Em consequência, Quixote e Sancho crescem juntos, ampliando um o pensamento do outro. Quixote é o idealista que chega ao delírio, fazendo da sua obsessão uma poderosa lente para adulterar a realidade; Sancho é o amigo realista, que pondera sobre os arroubos do companheiro para trazê-lo de volta ao chão. Sozinhos, cada um iria numa direção, mas juntos criam uma substância humana que, combinada, é mais original do que cada um sozinho.

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A novela do curioso impertinente encontra-se entre os capítulos 33 e 35 da primeira parte da famosa obra Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes, e publicada no ano de 1605, na Espanha, sendo o seu título original El ingenioso hidalgo Don Quijote de La Mancha (O engenhoso fidalgo Dom Quixote da Mancha). Dom Quixote foi um sucesso imediato e arrebatador. A segunda parte da obra foi publicada em 1615, um ano antes da morte de Cervantes. A obra completa tem 126 capítulos, e continua sendo publicada em todos os idiomas, países e continentes. Em 2002, uma comissão formada por autores, editores e intelectuais de todo o mundo concluiu que Dom Quixote é a melhor obra literária já escrita. Por suas inovações narrativas, entre as quais se destacam a intertextualidade, a alternância de narradores e o estabelecimento de protagonistas dotados de subjetividade e ideais, Dom Quixote é considerado o texto fundador da literatura ocidental moderna.
O romance segue as aventuras de Dom Alonso Quijano, um fidalgo com cerca de 50 anos, que de tanto ler livros de cavalaria perde o juízo e decide tornar-se um cavaleiro andante sob o nome de Dom Quixote. Para a grande aventura de livrar o mundo das injustiças, ele recruta Sancho Pança, um ingênuo e materialista lavrador, que aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar. Quixote, enlouquecido e obcecado, torna-se, aparentemente, um idealista fora do seu tempo, pois a cavalaria já não existia mais como o símbolo da arte da guerra tal como aparecia nos livros cujos heróis ele queria imitar. No começo do século XVII o mundo era movido pela expansão comercial, pelas finanças, pelas grandes navegações, pelo desenvolvimento das ciências e pelo uso da pólvora para guerrear.
Cervantes quando criou Sancho Pança para ser o escudeiro de Dom Quixote, criou também a maior dupla de personagens da literatura universal, transformando um romance de aventuras cômicas numa densa comédia de caráter. Entre eles surge uma complexa relação afetiva com todos os ingredientes de amor, ódio e reparação desenvolvidos ao longo de conversas, discussões e disputas. Em consequência, Quixote e Sancho crescem juntos, ampliando um o pensamento do outro. Quixote é o idealista que chega ao delírio, fazendo da sua obsessão uma poderosa lente para adulterar a realidade; Sancho é o amigo realista, que pondera sobre os arroubos do companheiro para trazê-lo de volta ao chão. Sozinhos, cada um iria numa direção, mas juntos criam uma substância humana que, combinada, é mais original do que cada um sozinho.

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