
Há muitos anos acompanhamos a disseminação de discursos educacionais que buscam construir um senso comum de que os professores e professoras são os principais responsáveis pelo fracasso do sistema escolar e pelo insucesso dos estudantes.
Esses discursos, articulados por diferentes sujeitos – especialistas, consultores, políticos, governantes, etc. – transitam pela sociedade por intermédio de variadas mídias – jornais, revistas, TV, cinema – e ao final objetivam definir que projetos educacionais devem ser implementados por professores e professoras, escolas e sistemas escolares para dar conta dos desafios de uma determinada sociedade.
Entretanto, ao discutir políticas públicas em educação no Brasil, não há como desconsiderar, num país de dimensões continentais, a representação econômica do mercado educacional:
I) segundo divulgado pela imprensa, os gastos públicos em educação em 2013 foram equivalentes a 6,6% do PIB – algo em torno de 360 bilhões anual;
II) os professores correspondem à maior categoria profissional no país, em geral, empregados públicos da União, estados ou municípios.
Tecnologias Da Informação E Da Comunicação E Formação E Prática De Professores é composto por 12 capítulos que podem ser divididos em quatro segmentos temáticos:
A primeira parte é composta por um conjunto de três capítulos que buscam apresentar o contexto maior que envolve o livro, quais sejam o neoliberalismo, as tecnologias da informação e da comunicação, a educação a distância e os seus usuários.
No segundo segmento, dois capítulos discutem os dispositivos móveis para a formação de professores e o design educacional na Educação a Distância.
No terceiro segmento, quatro capítulos abordam, de diferentes maneiras, temas como políticas públicas, legislação educacional e formação de professores; e, mais especificamente, as políticas públicas de formação de professores a distância, a legislação educacional, os concursos públicos e a formação de professores, bem como a formação e as condições de trabalho dos professores.
A última parte é constituída de capítulos que buscam problematizar a formação de professores a partir da teoria do diálogo freiriano, da mediação vigotskiana e o trabalho do tutor; da teoria da flexibilidade cognitiva e à docência na modalidade a distância em cursos oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil (UAB).
