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- Poesia
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A poesia de Mia Couto é gerida pela perplexidade. Ela realiza um recuo radical em direção ao passado, perseguindo aqueles momentos originais em que o ser humano se formou. Ao espanto corresponde uma imagem primordial: a da semente.
“Agora,/ quero apenas/ o que havia antes de haver vida./ A semente”, o poeta anuncia. Ele não se interessa pelo fruto — que está pronto, acabado, e pode, assim, ser devorado. Ao contrário: sua poesia se ergue contra o consumo voraz do presente. Mia prefere se instalar naquele momento anterior ao fruto, no qual tudo o que temos é um conjunto indefinido, mas potente, de possibilidades. Seus versos acompanham a germinação de nossa história e de nossa identidade. Promovem, também, um desmascaramento do Eu, com seus enganos, suas empáfias e sua vaidade.Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

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